Antonio Rago nasceu na Bela Vista, bairro de São Paulo, que é chamado carinhosamente de “Bixiga”, em 02 de julho de 1916. Filho e neto de italianos, calabreses, teve, em menino, a educação própria dos italianos, todos “em baixo das asas da mãe”.
Desde bem pequeno, Rago apaixonou-se por um instrumento musical: o violão. Começou aprendendo a tocar com um sapateiro de seu bairro, mas depois foi ser aluno do professor Edgar de Mello, que o ensinava de graça, tal o talento que via no garoto. Seu primeiro contrato profissional foi com a Rádio Cultura de São Paulo, sempre acompanhando grandes cantores, como Silvio Caldas, Francisco Alves, Aracy de Almeida. Foi, porém, na Rádio Tupi e também na Rádio Difusora, que se transformou no titular do regional, que era das duas emissoras de rádio. Aí veio a televisão. E Rago, que estava na Rádio Nacional, passou para a TV Paulista, mais tarde TV Globo. Rago também compôs muitas músicas de sucesso, como: “Jamais te esquecerei”, “Em tuas mãos”, “A festa portuguesa”, e muitos outros.
Com seu violão, viajou por todo o país, de norte a sul, e até esteve em países estrangeiros. Casado hámais de 50 anos com uma senhora húngara, de nome Julia, Rago teve três filhos, todos professores universitários. Por dedicação a ele escreveu um livro: “A longa caminhada de um violão”. E nele conta mil estórias sobre cantores, amigos, viagens, sucessos. É nesse livro que fica-se sabendo que foi Rago que colocou o violão elétrico no conjunto musical, como é hoje muito usado.
Teve 434 músicas gravadas.
Morreu em 2008, aos 91 anos de idade, vítima de uma pneumonia.