MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão

Uma novela educativa reunia a TV Cultura e a TV Globo



O horário das 18 horas como um espaço para a teledramaturgia foi inaugurado pela TV Globo em 16 de agosto de 1971,  com a exibição da primeira novela educativa da televisão brasileira: “Meu Pedacinho de Chão”, uma produção conjunta da TV Cultura com a TV Globo, escrita por Benedito Ruy Barbosa e Teixeira Filho, com direção de Dionísio de Azevedo.

Na verdade, “Meu Pedacinho de Chão”, que vai ganhar uma nova adaptação ainda neste semestre na TV Globo pelo mesmo Benedito com o auxilio de suas filhas Edmara e Edilene, foi produzida pela TV Cultura e pela Fundação Padre Anchieta, bem como gravada nos estúdios da emissora no bairro paulistano da Água Branca, e as cenas externas foram realizadas em uma fazenda no município de Itu.

A ideia de escrever uma novela rural com informações sobre higiene, técnicas agrícolas, vacinações e o problema do analfabetismo no campo foi do próprio Benedito Ruy Barbosa, que nunca escondeu seu fascínio por obras que tenham o campo como principal cenário.

A história de uma professora que chega a uma pequena cidade e se depara com um povo muito humilde e explorado por um coronel arrogante, foi o ponto de partida de “Meu Pedacinho de Chão”, que também contava os dois amores que passaram a cercar a vida da professora Juliana: o de Fernando, playboy e filho do terrível coronel e o de Zelão, um humilde peão.

A novela tinha também um bom núcleo infantil, onde as crianças Pituca, Serelepe e Tuim se destacavam e asseguraram com suas histórias a fidelidade dos telespectadores mirins.

O elenco foi outro destaque da produção da TV Cultura com a TV Globo, que transmitiam simultaneamente os capítulos da trama. Foi a revelação da atriz Renée de Vielmond para o grande público vivendo a professora Juliana, bem como merecem destaques os trabalhos de Mauricio do Valle como o peão Zelão; Canarinho como o Rodapé; Patricia Aires como Pituca; Ayres Pinto como Serelepe; Pelezinho vivendo Tuim e Castro Gonzaga na pele do Coronel Epaminondas.

A novela foi um incentivo para que os analfabetos procurassem as salas de aula do Mobral – Movimento Brasileiro de Alfabetização e aprendessem a ler e a escrever.

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