No início dos anos 1960 uma estrela do cinema brasileiro foi descoberta na Itália, no Festival de Santa Margherita, Liguria: Edla Van Steen. Figura de destaque no filme “Na Garganta do Diabo”, pela sua beleza e performance, ela causou grande impacto entre os jurados do festival, onde pontificava o renomado diretor Roberto Rosselini. Não havia prêmio de interpretação no festival. Mas ele foi criado na hora e Edla recebeu a honraria. Com isso ela se tornou a primeira atriz brasileira a receber um prêmio de melhor intérprete, no exterior. A imagem que mostramos aqui é uma foto-montagem da revista “O Cruzeiro”, edição de 3 de dezembro de 1960, registrando o fato.
O filme de Walter Hugo Khouri tinha Odete Lara encabeçando o elenco, mas Edla roubou a cena e ganhou outros prêmios por sua atuação. O filme conta uma história passada em 1868, durante a guerra do Paraguai, onde brasileiros, paraguaios e um indígena mercenário, desertam e acabam se envolvendo em situações conflituosas.
Mas Edla teve uma carreira curta. Participou só de mais um filme, “Anuska, Manequim e Mulher”, de Francisco Ramalho Jr, em 1969. Sua paixão era mesmo a literatura, os escritos. E como tal foi consagrada. Foi autora de 30 obras, entre romances, contos e peças de teatro. Edla escreveu para adultos e crianças e teve obras publicadas no Brasil e nos Estados Unidos. Entre suas obras citamos a biografia de Eva Wilma, “Arte e Vida”.
Ela faleceu no dia 6 de abril de 2018, aos 81 anos.
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Em 17-12-2021