Logo surgiu a oportunidade, dada pela TV Excelsior, de estrear como apresentador, ao lado do radialista Luiz Aguiar, no programa “Excelsior a Go Go”, que não teve muita repercussão. Isso foi em 1965.
Como sucesso do programa “Jovem Guarda“, Jerry Adriani chamou a atenção da direção da TV Tupi, canal 4 de São Paulo, que o tirou do programa semanal da TV Record e o colocou ao lado de mulheres lindas e talentosas como Neyde Aparecida, Zélia Hoffman e Betty Faria, esta também no início da carreira, na apresentação do semanal “A Grande Parada”.
O sucesso foi imediato e o programa, um musical ao vivo que apresentava grandes nomes da MPB de então e lançava novos cantores e conjuntos no mercado, caiu nas graças do telespectador paulista e depois dos cariocas, se transformando em um concorrente da Jovem Guarda e dos vários musicais que a Record exibia na época.
O programa ficou no ar por dois anos, 1967 e 1968, e transformou Jerry Adriani em um dos mais bem sucedidos cantores da década de 1960. O sucesso do programa e dos seus primeiros LPs, tanto cantando em italiano como em português, o levaram também para o cinema, onde fez três filmes, um atrás do outro, e todos com boas bilheterias: “Essa Gatinha é Minha“, de Jece Valadão, ao lado de Annik Malvil e Carvalhinho; “A Grande Parada” do diretor Carlos Alberto Barros, em 1967, que serviu para alavancar ainda mais o programa, ao lado de Neyde Aparecida, José Lewgoy e Agildo Ribeiro; e “Jerry em Busca do Tesouro“, também do mesmo diretor e novamente ao lado de Neyde Aparecida e também de Luiz Delfino e Fábio Sabag.
Entregar o comando de um programa musical a cantores era uma tendência nos anos 60 na televisão brasileira. Foi assim com Jair Rodrigues e o seu “O Fino da Bossa”; com Cyro Monteiro e “O Fino do Samba”; com Agnaldo Rayol e o “Agnaldo Rayol Show”; com Roberto Carlos e a “Jovem Guarda”; com Erasmo Carlos e o “Ternurinha e Tremendão”; com Jerry Adriani e “A Grande Parada”; com Eduardo Araújo e “O Bom” e com Wilson Simonal e o “Show em Simonal”.