MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão

Manifesto: um novo ciclo

Ciclos. Esse é o nome da nossa marca, nossos princípios. Mas o que há sempre num ciclo?

– A expansão a partir do centro
– Um ponto de partida como base
– As constantes voltas… cíclicas, num possível vai-e-vem.

A televisão, o rádio e o cinema, assim como as áreas relacionadas a essas sabem bem o poder de um ciclo.

Nas temporadas, de um programa de TV ou numa série de streaming, um ciclo se constitui do começo, meio e fim. Após um tempo, possivelmente um novo ciclo, uma nova temporada.

O tempo da dublagem, cada segundo, é registrado pelo número de anéis. Nome dado a partir do tempo de gravação dentro do rolo magnético.

A memória audiovisual e sonora é também capturada e preservada por fitas ou películas, magnéticas ou quadro a quadro, constituídas originalmente em rolos. Mesmo no tempo digital, toda base de frames vem daquilo que veio como aprendizado de um tempo analógico, físico. Aliás, a mudança do analógico para o digital é também o término de um ciclo e o início de outro.

E daquilo que não vemos? Os elétrons “invisíveis”, a transmissão de sinais de telecomunicações, de radiodifusão? Se expandem do centro, de uma antena transmissora, para além dos limites territoriais. Assim, rádios comunitárias abrangem toda uma região, redes regionais integram cidades, já as nacionais ligam estados e as internacionais? Até onde vai o sinal do satélite?

Só que para ter um bom sinal, das redes wireless às transmissões via satélite, a potência do sinal, o seu ponto de partida precisa ser forte e bem posicionado.

Por isso, aqui nos manifestamos declarando a importância da nossa causa, que é coletiva. Nascemos de uma história de muito afinco, suor, idealismo. Passamos de tempos românticos a processos industriais.

Defender a memória e o desenvolvimento da TV, do rádio e do cinema, é também preservar produções e a criatividade do brasileiro, hoje reconhecida internacionalmente. Indicações ao Oscar ou constantes vitórias do Emmy são reflexos disso.

Aquilo que se criou e continua a ser criado pela televisão, pelo rádio e pelo cinema brasileiro, são manifestações culturais preservadas em som e imagem. Não desrespeitemos o nosso passado, os nossos profissionais, e não fechemos os olhos também para o novo, para as mídias digitais, as redes sociais, o streaming, o podcast, do 5G e da Internet das coisas.

Vivemos em um processo cheio, cada vez mais, de ciclos.

Ciclos que se traduzem em elos. Afetivos e de muita troca de conhecimento. Do ontem, do hoje e visando o amanhã.

Ouça nosso chamado. Faça parte desse elo, apoie a causa do Museu da TV, Rádio & Cinema.

Elmo Francfort
Diretor do Museu da TV,
Rádio & Cinema


Conheça cronologicamente alguns de nossos ciclos:

1977 Antônio Vittuzzo começa sua coleção, que dá origem ao Museu do Cinema

1995 Vida Alves cria com o apoio dos pioneiros como Blota Jr., Luiz Gallon, Walter Forster, Walter Ribeiro dos Santos e Ana Maria Neumman a APITE – Associação dos Pioneiros da TV

1996 Com sede no bairro paulistano do Cambuci, o Museu do Cinema comemora os 100 anos do cinema brasileiro, simulando em suas instalações uma sala de projeção, além apoiar outros eventos dedicados ao tema pelo país

1998 A APITE se transforma em APPITE – Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da Televisão Brasileira. Antônio Vittuzzo e Nicolau Tuma são colaboradores assíduos da entidade presidida por Vida Alves. Sede da entidade passa a funcionar na Rua Homem de Mello, no Sumaré

2000 A APPITE se transforma em Pró-TV, por sugestão do publicitário Mauro Salles, no ano em que comemoram os 50 anos da TV no Brasil, com shows, exposições e especiais televisivos

2001 O “Dia Nacional da TV” é instituído municipal, estadual e nacionalmente, relembrando o 18 de setembro de 1950, inauguração da pioneira TV Tupi

2002 A Pró-TV comemora os 52 anos da TV no Brasil, no Teatro São Pedro, e os 80 anos do rádio no Brasil

2003 Vida Alves passa a instalar na Rua Vargem do Cedro, 140, no Sumaré, sua residência, a sede da Pró-TV, onde fica até 2017

2004 Com o falecimento de Antônio Vittuzzo, o Museu do Cinema passa a ser gerido pelos herdeiros, que intensificam a importância do uso do acervo para produções audiovisuais. Atualmente 90% das grandes produções audiovisuais brasileiras contam com o apoio do rico acervo, com centenas de milhares de peças

2007 Diversas mostras são realizadas, principalmente no SESC, enaltecendo o acervo do Museu do Cinema Antônio Vittuzzo

2008 Apoiada pela extinta ABRA – Associação Brasileira de Radiodifusores e pela Fundação Padre Anchieta, a Pró-TV começa a projetar o “Museu da TV, Rádio e Novas Mídias”, cujo rádio é incluído após pedido de Nicolau Tuma, falecido em 2005

2010 A Pró-TV comemora os 60 Anos da TV no Brasil com grande espetáculo no Memorial da América Latina, com lotação máxima

2011 É inaugurado o pólo Cidade da TV, na Cidade da Criança, em São Bernardo do Campo, que existe até 2017, com apoio da prefeitura local. No mesmo ano, se inicia a parceria com a Rede Globo, com a exposição 60 Anos da Telenovela Brasileira, de curadoria de Elmo Francfort, membro da associação de 2001 a 2018

2013 Primeira mostra no exterior da Pró-TV: “A História da Telenovela Brasileira”, inicialmente itinerando por Lisboa e Coimbra, com apoio da TV Globo Internacional

2015 São comemorados os 65 anos da TV brasileira no Memorial da América Latina, com homenagem a Cassiano Gabus Mendes e lançamento da obra “Gabus Mendes: Grandes Mestres do Rádio e TV”, de Elmo Francfort

2016 Vida Alves se transforma em presidente de honra perpétua da associação e sua filha Thais Alves assume a presidência

2017 Vida Alves falece em 3 de janeiro. No mesmo ano, a Pró-TV colabora com a Seja Digital no processo de switch-off da TV analógica e implantação total da TV digital

2018 O Museu do Cinema se expande ainda mais, ampliando suas instalações na Av. Lins de Vasconcelos.

2018 No mesmo ano, oficialmente a Pró-TV inaugura sua nova sede, em conjuntos na Rua Sete de Abril, na República

2021 Atingida pelos efeitos da crise proveniente do pandemia do COVID-19, a Pró-TV encerra suas atividades em junho.

2021 O acervo e as mídias digitais da Pró-TV são doados pela associação ao antigo diretor e curador de seu acervo, Elmo Francfort. Junto ao Museu do Cinema criam o coletivo Museu da TV, Rádio & Cinema para preservar todo material, na busca pela digitalização, disponibilização pública e a futura criação do novo órgão museológico. Vida Alves, Antônio Vittuzzo e Nicolau Tuma passam a ser considerados seus patronos nas áreas de TV, cinema e rádio, respectivamente.  Os primeiros colaboradores, muitos ex-associados, aclamam Elmo Francfort para representante e diretor do Museu da TV, Rádio & Cinema

2021 Em julho, Mauro Alencar se torna conselheiro do Museu da TV, Rádio & Cinema e estabelece parcerias entre seu acervo particular (CEDMA – Centro de Estudos em Dramaturgia Mauro Alencar) e a entidade. É constituído também Conselho da entidade, com nomes representativos, tendo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (Boni) como seu primeiro Conselheiro de Hora. Parcerias com diversas associações, sindicatos, órgãos educacionais e culturais também são estabelecidas. É um novo ciclo que se inicia

 
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