MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


RÉGIS CARDOSO


João Régis de Souza Cardoso nasceu em Porto Alegre, em 24 de junho de 1934.

Filho dos atores Dário Cardoso e Norah Fontes, Régis fez sua primeira aparição em teatro, aos três anos de idade. Era uma peça trágica, de nome “Ásia”, em que a mãe mata os dois filhos e depois se joga pela janela. O autor era Álvaro Moreira, famoso escritor da época.

Os pais eram sempre chamados para engrossar o elenco das peças que vinham de São Paulo e Rio de Janeiro. E assim arranjaram muitos amigos. Em 1940, o pai Dário foi contratado pela Companhia Eva Todor e Luiz Iglesias, mas teve um enfarte e morreu.

Viúva, Norah Fontes resolveu morar em São Paulo com os dois filhos: Renato e Régis. Começou a trabalhar nas Emissoras Associadas de São Paulo, logo encaminhando os filhos para pequenos serviços de escritório. Régis estava com 13 anos, quando começou no mimeógrafo, tirando cópias dos scripts de rádio, para o elenco.

Régis começou logo a ganhar pequenos papéis infantis no rádio. Em 1950, veio a televisão e mãe e filhos foram trabalhar na PRF3 – TV Tupi de Televisão. Régis fazia de tudo. No filme “Quase no Céu” de Oduvaldo Viana, foi contra-regra. e por isso convidado para ir para a TV Paulista pelo diretor Demerval Costa Lima. Já entrou como diretor de estúdio, e depois, diretor de TV, participando do “Teledrama Três Leões”, adaptações de grandes espetáculos para a TV.

Voltou para a TV Tupi em 1958 e lá ficou até 1964. Foi quando deu o grande salto e foi para a TV Globo, no Rio de Janeiro. Walter Clark, recém contratado, gostou de Regis. O chamou para dirigir a novela “Eu Compro Essa Mulher”, que logo atingiu bons pontos no Ibope, fato até então inusitado para a emissora. Logo veio “O Sheik de Agadir”, outro grande sucesso. Ao lado de Regis estava Henrique Martins, seu amigo desde os tempos da Tupi.

Na TV Globo, Régis Cardoso dirigiu outros sucessos como  “A Sombra de Rebeca”; “Cabana do Pai Thomás”; “A Próxima Atração”; “O Bem-Amado”; “Estúpido Cupido”; “Pecado Rasgado”; “Os Gigantes”, “Escalada”; o seriado “Mário Fofoca” e o “Caso Verdade”. 

Foi casado com a atriz Suzana Vieira por dez anos, e tiveram o filho Rodrigo, e depois se casou com a jornalista Léa Penteado, com quem viveu por cinco anos.

Em 1988, saiu da TV Globo e foi chamado para dirigir novelas em Portugal. Lá ficou dois anos, quando foi contratado por Adolfo Bloch e voltou para o Brasil. Foi para a TV Manchete dirigir a novela “Tocaia Grande”. Com o final da novela resolveu se afastar da televisão.

Começou então a escrever o livro de sua vida e carreira que se chamou “No Princípio era o Som”, lançado pela editora Madras.

Régis Cardoso foi também presidente da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, entre 1982 e 1984, e faleceu em 03 de abril de 2005, aos 70 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de um acidente vascular cerebral..

 
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