MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


MAURÍCIO BARROSO


Maurício Barroso nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de setembro de 1925.

Fez parte do Grupo de Teatro Experimental – GTE, fundado em 1942 por Alfredo Mesquita, dramaturgo, encenador e estudioso do teatro.

Os espetáculos do GTE, produzidos pelo grupo tinham discreto patrocínio da burguesia paulistana e eram apresentados no Teatro Municipal. No mesmo ano da fundação do grupo, Alfredo Mesquita abriu a Livraria Jaraguá, que tinha uma sala de chá nos fundos e passou a ser ponto de encontro da intelectualidade paulista. 

O GTE terminou interessando a Franco Zampari, que fundou o TBC – Teatro Brasileiro de Comédia. Ao se profissionalizar, o TBC tinha parte do elenco formado por atores do GTE: Maurício Barroso, Nydia Lícia, Marina Freire, Ruy Afonso e Abílio Pereira de Almeida. 

No TBC, Maurício Barroso integrou o elenco de emblemáticas montagens dentre as quais “Nick Bar…Álcool” (1949); “Arsênico e Alfazema” (1949); Ingenuidade” (1949); O Mentiroso” (1949); “A Ronda dos Malandros” (1950); “O Anjo de Pedra” (1950); “O Cavalheiro da Lua” (1950); “Seis Personagens à Procura de um Autor” (1951); “A Dama das Camélias” (1951); “Ralé” (1951); “Paiol Velho” (1951); “Antígona” (1952); “Inimigos Íntimos” (1952); “Vá Com Deus” (1952); “Na Terra Como no Céu” (1953) e “Uma Certa Cabana” (1953).

Por vários anos, Maurício Barroso fez parte do grupo “Os Jograis de São Paulo”, grupo criado pelo ator Ruy Affonso e que também tinha o ator Rubens de Falco. O Grupo procurava restabelecer a tradição dos jograis da Idade Média – que foram os maiores divulgadores da poesia, junto ao grande povo e às pequenas elites. Estrearam no Rio de Janeiro, em 1956, sob o patrocínio do Ministério da Educação e Cultura. Depois de várias apresentações e gravações dos primeiros discos, o grupo apresentou-se, em 1957, em Lisboa, no Teatro Nacional de D. Maria II. Em virtude do êxito alcançado, o conjunto teve ocasião de percorrer Portugal.

De volta ao Brasil, em 1958, Os Jograis de São Paulo continuaram a circular pelo país, oferecendo recitais desde Porto Alegre até Manaus. Em 1959, o grupo participou da Primeira Semana de Arte de Brasília. Enviados pelo Itamarati, retornam a Portugal em 1960. Em 1963, novamente enviados pelo Itamarati, os Jograis apresentam-se no México e participam da temporada de reabertura do Teatro da Paz, em Belém do Pará. 

Maurício Barroso também fez Cinema. Participou dos filmes “Uma Pulga na Balança” (1953); “Sinhá Moça (1953)”; “São Paulo em Festa” (como narrador) (1954); “O Preço da Vitória” (1959); “Bebel, Garota Propaganda” (1968); “Os Raptores” (1969); “Pobre Príncipe Encantado” (1969); “Tempo de Violência” (1969) e “Os Amores de Um Cafona” (1971). 

Na Televisão, Barroso atuou nas novelas “O Astro“, em 1977, na TV Globo, e depois em “Brilhante“, em 1981, na mesma emissora. Ele era cunhado da cantora e atriz Inezita Barroso.

Também foi dublador por muitos anos, ingressando na dublagem por volta de 1959 na Herbert Richers. Na década de 1960, passou também pela ZIV, Rio Som e Cinecastro, e depois atuou na TV Cinesom, Dublasom Guanabara e Televox.

Mauricio Barroso faleceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 17 de janeiro de 2002, aos 76 anos de idade, vitimado por um enfisema.

 
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