Esther Alexander Andrade nasceu na cidade de Belém, capital do Pará, em 4 de janeiro de 1927.
Formada em Teatro e diretora por 25 anos da escola de samba Portela, ela viveu a maior parte da sua vida na cidade do Rio de Janeiro, e com o nome artístico de Cléa Simões.
Cléa estreou como atriz no Teatro, em 1964, no espetáculo “Mister Sexo ou a Ilha de Circe”. Nos palcos ainda atuou em “Do Mundo Nada Se Leva”; “As Feiticeiras de Salém”; “Pindura Saia”; “Frank Sinatra 4.815” e “Tupá, a Vingança”.
Em 1965, ela estreou na Televisão, na TV Globo, em uma de primeiras novelas da emissora, “A Moreninha”, estrelada por Marília Pêra. Depois esteve em “Eu Compro Esta Mulher”, de 1966; “A Rainha Louca” de 1967; “Bandeira 2″ de 1971; “Uma Rosa Com Amor” de 1972; “Senhora” de 1975; “Vejo a Lua no Céu” de 1976 e “Sem Lenço, Sem Documento” de 1977.
Em 1978, veio sua grande oportunidade na TV ao viver a Mamãe Dolores na versão da TV Tupi para a clássica “O Direito de Nascer”. Depois voltou para a TV Globo, onde participou de “Os Gigantes” em 1979; “Meu Destino é Pecar” em 1984; “Livre Para Voar” em 1984; “Desejo” em 1990; “Deus nos Acuda” em 1992; “Fera Ferida” em 1993; “Quem é Você?” em 1996; “Laços de Família”, em 2000 e “Coração de Estudante”, em 2002.
No Cinema ela estreou em 1960, na fita “Macumba Love”, atuando depois em “Compasso de Espera”; “Como É Boa a Nossa Empregada”; “Essa Gostosa Brincadeira a Dois”; “Costinha, o Rei da Selva”; “Ladrões de Cinema”; “Ódio”; ”A Deusa Negra”; “O Coronel e o Lobisomem” e “Solidão, Uma História de Amor”.
Um ano antes de sua morte, a atriz esteve em Belém do Pará, sua terra natal, para participar do lançamento do documentário “O Negro no Pará- Cinco Décadas Depois”, vídeo produzido pelo Instituto de Artes do Pará- IAP- A atriz era neta de negros barbadianos, que migraram para a América, no século XIX.
Cléa Simões faleceu em 24 de fevereiro de 2006, em Niterói, no Rio de Janeiro, aos 79 anos de idade, de falência múltipla dos órgãos.