MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


BORJALO


Borjalo chama-se Mauro Borja Lopes. Daí ele criou Borjalo. Filho de Manoel Antonio e Helena Navarro, nasceu a 15 de novembro de 1925, na cidade de Velho da Taipa, que, à época ,se chamava Martinho Campos. Seu pai era engenheiro e era realmente superdotado, beirando a genialidade. Mauro nasceu “criativo” e moleque. Quando tinha dois anos de idade, pintou todas as paredes da casa com carvão. Quando à noite, o pai chegou em casa, a mãe foi logo dizendo: “Olhe o que seu filho fez. Dei-lhe uma surra”. “Não vai dar surra nenhuma”. “Mas eu já dei”. “Amanhã vou lhe comprar caderno e lápis de desenho”. E Borjalo começou a desenhar com dois anos de idade. De estudar Borjalo não gostava mesmo. Não abria livros, mas era atento, “ouvia”, sabia ouvir, e com isso foi sempre em frente.

Quando mocinho arranjou um emprego na Secretaria de Agricultura de Minas Gerais. Num dia, como de brincadeira, fez um desenho, uma charge. E qual não foi a surpresa de Mauro, quando viu seu trabalho publicado. Tinha sido levado à redação da “Folha de Minas”. Imediatamente o rapaz foi contratado. Logo passou para o “Diário de Minas” e sua charge saia todos os dias na primeira página. Fez enorme sucesso. Por ser uma pessoa “observadora”, logo foi ficando conhecido. Foi para o Rio de Janeiro, começou a “Revista Manchete”. Foi para o “Cruzeiro”, “A Cigarra” . E aí conheceu uma televisão.

Ficou no Rio, com toda a turma mineira e amigos. Dentre eles Otto Lara Rezende, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Armando Nogueira, Tiago de Melo. Os desenhos de Borjalo já iam para o exterior, ganhavam as páginas do “Picture Post” de Londres, do “Paris Match”de Paris, de “Epoca” de Milão, e ele ganhava em dólar e libra. Depois Borjalo resolveu deixar tudo e entrar definitivamente para a televisão. Logo começou a dirigir trabalhos. Esteve na TV Excelsior e depoisfoi para a TV Globo.

Antes, porém, tinha estado na TV Itacolomy e na TV Rio. Na Itacolomy fez um programa que foi praticamente a base para o “Fantástico”, que seria lançado anos mais tarde pela TV Globo. Quando estava na Globo, passou a ser o “braço direito” do grande diretor José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, conhecido por Boni, e que Borjalo considera “superdotado”. O homem que, em todo o mundo, mais conhece televisão. Borjalo passou a ser Diretor Geral de Programação.

Na Globo esteve sempre envolvido na grande evolução por que a emissora passou. Borjalo, atento, curioso, trabalhador, estava em todas. Ali ficou por vinte anos. O que abandonou, porém, foi o desenho. E, por estar num trabalho tão intenso, começou a beber. Foi uma crise difícil e ele se internou. Recuperou-se, procurou a si mesmo e reencontrou. Com isso reencontrou também o desenho. Foi aí que fez o “Reencontro”, um desenho, que é um verdadeiro “edifício”, com mais de mil personagens. Ali não há figurantes. Só protagonistas. São estórias de amor, que se entrelaçam, se separam, e vão ganhando espaço. O “Reencontro” deu a Borjalo novamente, o prazer de desenhar. Na verdade Borjalo ganhou o mundo inteiro. Teve álbuns publicados em vários grandes países. Borjalodepois, inteiramente refeito e saudável, casou-se com Cristina.

De seu primeiro casamento teve dois filhos e três netos. Essa é sua família. Quando perguntado sobre o que ele é, Borjalo respondia sempre: “Sou um galho de árvore. Tenho até medo de acordar com meu dedo brotando.” Em Teresópolis, onde morou, plantou 186 árvores. E junto à natureza, foi inteiramente feliz.

Borjalo faleceu em19 de novembro de 2004.

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