Ary Fernandes, filho de imigrantes espanhóis e portugueses, nasceu na capital paulista, em 31 de março de 1931.
Foi o pioneiro na direção e produção de comerciais para a Televisão, no início da década de 1960, e chegou a dirigir mais de 200 deles. Também se destacou como diretor, produtor e assistente de direção no Cinema e na TV.
Também atuou como ator em dois seriados para a TV e em 10 filmes, começando em 1956, no filme “Quem Matou Anabela?” e se destacando em “O Vigilante Rodoviário” e como o Capitão César de “Águias de Fogo” em 1966/67. Também esteve com destaque nos filmes “Sedução”; “O Super Manso”; “Quando Elas Querem e Eles Não” e “O Leito da Mulher Amada”.
Na história da cinematografia brasileira é conhecido como o criador, produtor e diretor da obra que se tornou um marco da televisão dos anos 1960, que foi o seriado “O Vigilante Rodoviário”, que virou uma marca que pertencia a empresa Procitel Produções Cine Televisão Ltda, que ele criou. O tema musical de abertura o seriado também era de sua autoria.
Ele começou em 1949, na Rádio América de São Paulo, como locutor e humorista, e em 1951 passou para a TV Paulista, como ator. Logo começou a se interessar por cinema e foi assistente de direção em filmes dirigidos por Alberto Cavalcanti e trabalhou, princiaplmente, na Cia Cinematográfica Maristela.
Dirigiu e produziu para o Cinema, “Os Cinco Valentes”; “O Mistério do Taurus 38”; “Águias em Patrulha”; “Mágoas de Caboclo”; “Sentinelas do Espaço”; “Uma Pistola para D’Jeca”; “Até o Ultimo Mercenário”; “O Jeca e o Bode”; “O Super Manso”; “Quando Elas Querem e Eles Não”; “Guerra é Guerra” e “As Trapalhadas de Dom Quixote e Sancho Pança”.
Fez direção técnica de vários filmes de Renato Aragão e dirigiu documentários para a Globotec. Foi também dublador. Em 2001, lançou o livro “Memórias de um Fordinho 1929” e depois “Vital Brasil, o Doutor das Cobras”.
Em 2006 foi lançada sua biografia, pela coleção Aplauso, sob o título “Ary Fernandes – Sua Fascinante História”. Ele foi diretor do Sindicato da Indústria Cinematográfica de São Paulo e diretor da Associação de Cineastas.
Ary Fernandes faleceu em 29 de agosto de 2010, em São Paulo, de infarto, aos 79 anos de idade.