André de Souza Villon nasceu em 9 de dezembro de 1914, na cidade do Rio de Janeiro.
Ele nasceu no bairro de Santa Cruz, no Rio, filho de Florença de Souza Villon e de Victor André Villon. Seu pai nasceu no Brasil, mas tinha a nacionalidade francesa. Ele era irmão do professor André Villon, neto do paisagista Paulo Villon e bisneto de Victor Dumas.
O primeiro contato de André Villon com o palco, foi aos 9 anos de idade, num espetáculo de variedades, na Sociedade Musical Francisco Braga. Aos 15 anos atuava com grupos amadores, e um desses grupos mais tarde passou a chamar-se Corpo Cênico André Villon.
Em 9 de abril de 1938, estreou como profissional, na Companhia Procópio Ferreira, na peça “O Casto Boêmio”. Ele fez parte ainda das Companhias de Alma Flora, Delorges Caminha e Eva Todor.
André Villon participou de mais de 100 peças teatrais, entre elas: “Alegro Desbum”; “Alguém Falou de Amor”; “Anastácio”; “Bonita Demais”; “Deus Lhe Pague”; “A Pupila dos Meus Olhos”; “Babalu”; “Bicho do Mato”; “Os Gregos Eram Assim”: “Playboy”; “Barbeiro de Nitheroy”; “Cantada Infalível”; “A Carta”; “Colégio Interno”; “Crime Roubado”; ”Feitiço”; “Helena”; “O Maluco da Avenida”; ”Sociedade em Baby Doll”; “Três em Lua de Mel” e “ Yayá Boneca”.
Em Rádio, fez radionovelas como ator e como diretor. Foi da Rádio Tupi, Nacional, Mayrink Veiga e Rádio MEC. Foi diretor de radioteatro por várias vezes.
Em Cinema, fez ”Chegou a Hora Camarada”, em 1968; “Se Segura Malandro”, em 1978 e “Memórias do Cárcere”, em 1984.
Em Televisão, fez teleteatros no “Teatro de Variedades Moinho de Ouro” na TV Rio; no “TV de Comédia” na TV Tupi e o “Teatro Studio A” também na TV Rio. Em 1966 estreou em novelas em “O Rei dos Ciganos”, na TV Globo, e depois esteve em “O Doce Mundo de Guida”, na TV Tupi; “Deu a Louca no Show”, um programa humorístico na TV Tupi em 1976; “Domingo é Dia de Graça”, também na TV Tupi em 1977; “Chico Total” na TV Globo em 1981, e ainda participou de episódios de “Carga Pesada”; “Kika & Xuxu”; Amizade Colorida”; “Obrigado, Doutor” e “Plantão de Polícia”, todos esses na TV Globo, além do programa “Os Trapalhões” na década de 1980.
André Villon foi casado por mais de 50 anos com a atriz Elza Gomes, com quem muitas vezes dividiu o palco. Moravam em Santa Tereza, aprazível bairro do Rio.
André Villon faleceu no Hospital São Lucas, em 30 de agosto de 1985, e conforme sua vontade, foi enterrado ao lado de sua mulher Elza Gomes, no Cemitério de Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro. Em cima do túmulo dos dois, o símbolo do teatro. Com as máscaras da tragédia e da comédia.
