Haidée Salles Lemos, que artisticamente se transformou apenas em Aimée, nasceu em Salvador, capital da Bahia, em 2 de agosto de 1923.
Muito jovem foi para a cidade do Rio de Janeiro e começou a estudar teatro e a procurar oportunidades de trabalho. E aí foi escolhida para participar da peça do clássico escritor francês Moliére, “O Avarento“. Foi trabalhar ao lado de Dulcina de Moraes, grande estrela da época. E Aimée não parou mais. Ao lado de Procópio Ferreira, o maior nome do teatro de então, foi precursora do “vaudeville” no país.
Depois Aimée se ligou a Joracy Camargo e fundou sua própria companhia e se dedicou às comédias ligeiras, levemente maliciosas e sempre engraçadas. O chamado “teatro de qui-pró-quo”, surpresas e tiradas que arrancavam gargalhadas do público. Com o marido, o radialista Carlos Frias, ela criou a Companhia de Comédias Aimée, e se tornou a Rainha do Teatro Brejeiro.
Aimée também se ligou à Televisão. Seus espetáculos aconteciam no Teatro Rival e, depois de pouco tempo, começaram a ser transmitidos pela TV Tupi, do Rio de Janeiro. Ela também fazia parte do “Grande Teatro Tupi”, que acontecia tanto no Rio, como em São Paulo, e era transmitido sempre no dia da folga dos atores no teatro, para que eles pudessem participar da televisão.
A atriz ainda fazia, além dos vesperais aos sábados e de duas sessões aos domingos, uma apresentação para crianças. Fez muito sucesso com a peça “A Menina Sem Nome”, de autoria de Guilherme Figueiredo, com direção de Maurício Shermann, em 1956.
Aimée também atuou em Cinema, onde fez os filmes “Sob o Domínio do Sexo”; “Folias Cariocas”; “O Homem que Chutou a Consciência” e “Corações Sem Piloto”.
Aimée morreu de câncer, aos 80 anos de idade, no Rio de Janeiro, em 5 de setembro de 2003.