MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão

Última novela da TV Excelsior falava da decadência de uma família



No início de 1970, a TV Excelsior, o Canal 9 de São Paulo, que tinha o slogan de a emissora mais querida da cidade, vivia uma crise sem precedentes e o seu fechamento em definitivo parecia inevitável. Os artistas trabalhavam sem saber se receberiam salário no final do mês, mas encaravam a situação de cabeça erguida porque não queriam ver a emissora fechar as portas.

Elogiada pelas belas produções na área da teledramaturgia que  produzia, a TV Excelsior se despediu das novelas com uma produção modesta, mas que possuía um enredo que tinha tudo a ver com o momento da emissora.

Escrita por Marcos Rey em parceria com sua mulher Palma Bevilacqua, “Mais Forte Que o Ódio”, estreou em março de 1970 e ficou apenas três meses em cartaz, e contava a decadência de uma família aristocrática paulistana, uma decadência que era bem o retrato da emissora que chegou a ser considerada a de melhor programação do Brasil nos anos 1960.

Com um elenco de grandes nomes, que insistia em acreditar que a emissora poderia se recuperar, “Mais Forte Que o Ódio”, teve a direção da dupla Gonzaga Blota e Henrique Martins e os atores Rodolfo Mayer e Cleyde Yáconis como o casal que procurava aparentar que aquela família tradicional ainda poderia dar a volta por cima na crise financeira e moral que enfrentava.

Foi a última novela do horário nobre da emissora, o das 20h, e a baixa audiência só refletiu o momento difícil pelo qual a TV Excelsior infelizmente passava. Poucos se lembram hoje dessa produção da emissora, mas vale aqui ressaltar o esforço de todos do elenco e da produção da mesma, que tentaram levar para a telinha uma telenovela feita na raça e na coragem.

No grande elenco estavam além de Rodolfo e Cleyde, os nomes de Íris Bruzzi, Armando Bógus, Arlete Montenegro, Sebastião Campos, João José Pompeo, Maria Aparecida Baxter, Edmundo Lopes, Geny Prado, Silvio Rocha, Fernando Baleroni, Silvana Lopes, Cleyde Blota, Jovelthy Archângelo, Maria Aparecida Alves, Geraldo Louzano, Rita Cléos, Sadi Cabral e Tereza Campos.

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