MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão

Seu mundo eram os quadrinhos e a televisão: valeu Moya!

Ele deixou um grande legado, que vai se destacar para sempre

Moya na famosa exposição de 51

Ele colocava suas criações, suas ideias, suas historias no papel para divertir, ensinar, refletir. E transformava em realidade ideias que eram apenas linhas escritas num papel. Álvaro de Moya, uma das forças da PRÓ-TV nos deixou neste dia 15 de agosto.

Ele comemoraria 70 anos de carreira e se preparava para o lançamento do livro “Eisner-Moya”. Organizado pelo jornalista Dario Chaves, o volume traz as ricas histórias narradas por Moya na primeira pessoa, que remontam a 1951, quando ele fez o primeiro contato com Will Eisner, pedindo originais do artista para a “Primeira Exposição Internacional de Quadrinhos”, que se realizou em São Paulo, naquele ano. Isso mesmo, em 51 Moya inseriu a HQ na cultura nacional, coisa que poucos centros culturais do mundo, ousavam fazer.

Moya e Will Eisner, o genial quadrinista, se tornaram amigos. Eisner ficou conhecido por ter feito diversos experimentos na linguagem das HQs, por ter concebido o “Spirit” e por ter popularizado o conceito da graphic novel.

Um ano antes da famosa exposição o sempre ativo Moya conseguiu se envolver na inauguração da televisão brasileira desenhando os cartões de abertura dos programas da TV Tupi.

E dessa forma ele seguiu adiante. Seu mundo eram os quadrinhos e a televisão.

Esteve na TV Paulista, hoje Globo, produzindo teleteatros e espetáculos diversos, realizados epicamente nos precários estúdios do canal 5. A emissora funcionava num simples apartamento.

Mas na TV Excelsior paulista, canal 9, Moya teve a chance de viver uma revolução. A emissora foi planejada para o sucesso e assim foi. Reavaliando o que havia de acerto na Tupi, na Paulista e na Record e introduzindo práticas observadas na tv americana a Excelsior logo se destacou e seu modelo de programação se tornou infalível. A sequência novela-jornal-novela-entretenimento, com variações, é a pratica de hoje nas grandes redes. Moya conta a historia da emissora no seu livro ”Glória In Excelsior”.

Ele também foi chamado para a montagem da TV Bandeirantes, inaugurada em 67, e colocou toda a sua criatividade e produtividade a serviço da nova emissora.

Depois voltou para a TV Tupi, passou pela TV Cultura, voltou para Bandeirantes para implantar “Os Imigrantes”, sua última empreitada de fôlego na televisão.

Nos anos 80 em diante se voltou mais para a área acadêmica.

Escrevendo sobre quadrinhos, sobre a televisão, dando aulas de comunicação, palestrando, organizando exposições, representando o Brasil em grandes eventos culturais mundo afora, dirigindo programas, emissoras, atuando em editoras, gravadoras, distribuidoras de filmes, e fazendo tudo com um entusiasmo juvenil, Moya deixou um grande legado, que a PRÓ-TV vai destacar para sempre. Com orgulho. Com emoção. Com gratidão. Valeu Moya.

Saiba mais sobre Álvaro de Moya consultando sua biografia.

 

Em 15-08-2017 / M.A.Z.

 

 

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