MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


ZÉ TRINDADE


Milton da Silva Bittencourt, o famoso comediante Zé Trindade, nasceu em Salvador, capital da Bahia, em 18 de abril de 1915.

Ele foi ator, comediante, músico e poeta e atuou em rádio, teatro, cinema e televisão.

Zé Trindade poderia ter nascido rico, pois o pai era herdeiro de grande fortuna. Mas foi deserdado, quando se casou com a mãe do menino Milton, pois essa era pobre e não agradava aos pais dele. Com isso, a infância dos garotos foi pobre. Tanto que Zé Trindade, ou melhor, Milton, empregou-se como” boy”, aos onze anos, em um hotel de Salvador e lá começou a fazer amizades. Gostava de contar piadinhas e  de rir, e lá se tornou amigo do escritor baiano Jorge Amado e também de Dorival Caymi.

Em 1935, entrou para a Rádio Sociedade da Bahia, para fazer o papel de um bêbado, no programa “Teatro Pelos Ares”. Em 1937, já resolvido mesmo a ser artista, Zé Trindade foi para o Rio de Janeiro e foi integrar o elenco de humoristas da Rádio Mayrink Veiga. Nos quinze anos que se seguiram, ele foi considerado o melhor cômico do rádio.

Em Cinema, a estréia de Zé Trindade aconteceu em 1947, no filme “O Malandro e a Granfina”, e depois vieram mais 36 filmes, entre eles grandes sucessos de bilheteria: “Pra Lá de Boa”; “Fogo na Canjica”; “O Rei do Movimento”; “Trabalhou Bem, Genival”; “Genival é De Morte”; “Depois Eu Conto”; “Tem Boi Na Linha”; “Rico Ri a Toa”; “Garotas e Samba”; “Na Corda Bamba”; “O Camelô Da Rua Larga”; “O Batedor de Carteiras”; “Massagista de Madame”; “Mulheres à Vista”; “Entrei de Gaiato”; “Marido de Mulher Boa”; “Mulheres, Cheguei”; “Bom Mesmo é Carnaval”; “Tem Folga na Direção” e “Um Trem Para as Estrelas”, que foi o último, dirigido por Carlos Diegues.

Em Televisão, Zé Trindade trabalhou ao lado de Chico Anysio nos seus programas e participou do programa humorístico “Balança, Mas Não Cai”, na Rede Globo. Também teve uma participação na novela “Feijão Maravilha” e na minissérie “Memórias de Um Gigolô”, em 1986, também na Globo.

Ele também gravou muitos discos como cantor, entre trovas, pensamentos e músicas nordestinas. Escreveu o livro “O Poeta Zé Trindade” e mais dois livros de piadas e sátiras.

Criou vários bordões, que fizeram muito sucesso: “É lamentável!”; “O que é a natureza!” e “Meu negócio é mulher”.

Zé Trindade faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1º de maio de 1990, de câncer no pulmão, aos 75 anos de idade.

 
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