MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


ZÉ KETI


José Flores de Jesus nasceu no Rio de Janeiro em 16 de setembro de 1921, mas foi registrado só em 6 de outubro.

O avô era flautista e pianista e o pai, que era marinheiro, tocava cavaquinho. E o menino criou-se em meio a essas rodas de música de toda a família. Dessas rodas de música participavam Pixinguinha e Cândido das Neves, entre outros.

Com o nome de Zé Keti, que era seu apelido desde menino, ele começou a atuar em 1940, na ala dos compositores da Escola de Samba Portela.  A primeira marcha carnavalesca que fez foi “Se o Feio Doesse..”. Em 1946, compôs “Tio Sam do Samba“. Em 1951, obteve seu primeiro sucesso, “Amor Passageiro”, que foi gravado por Linda Batista. No mesmo ano gravou “Amar é Bom“.

Em 1955, sua carreira começou a crescer, quando fez o samba “A Voz do Morro“, que foi trilha sonora do filme de Nelson Pereira dos Santos, “Rio 40 Graus”. Essa música também foi o tema de  abertura do programa “Noite de Gala“, da TV Rio, que lançou entre outras artistas, Flávio Cavalcanti. Ainda nos anos 1950, ele fez sucesso com a música “Leviana“.

Em 1962, Zé Keti formou o conjunto “A Voz Do Morro”, em que tocava e cantava ao lado de Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho e Nelson Sargento. O grupo lançou três discos. Em 1964, Zé Keti participou da peça “Opinião“, como cantor e ator, ao lado de Nara Leão e João do Vale e ficaram conhecidas suas composições “Opinião” e “Diz Que Eu Fui Por Aí”. Em 1965, ele lançou “Acender as Velas“, e pelo selo Rozemblit, gravou “Nega Dina“. Ganhou com essa música o Troféu O Guarany, como melhor compositor brasileiro.

Em 1967, gravou a marcha-rancho “Máscara Negra”, que foi enorme sucesso no carnaval daquele ano e que foi gravada por ele e por Dalva de Oliveira. Essa música tirou o primeiro lugar do Concurso de Música, que foi criado pelo Conselho Superior de MPB do Museu da Imagem e do Som.

Nos anos que se seguiram, Zé Keti morou em São Paulo, de 1980 a 1990, e teve seu primeiro derrame cerebral. Mas em 1992, voltou a morar no Rio de Janeiro.

Em 1996, lançou o CD “75 Anos de Samba”, com participação de Zeca Pagodinho, Wilson Moreira e Cristina Buarque. Nesse mesmo ano subiu ao palco com Marisa Monte e foi muito ovacionado cantando “O Mundo é Um Moinho” e “A Voz Do Morro”. Em 1997, recebeu da Portela o Troféu de Reconhecimento por seu trabalho e participou da gravação do disco “Casa Da Mãe Joana“. Em janeiro de 1999, recebeu a placa pelos 60 anos de samba, na Roda de Samba da Cobal do Humaitá..

Membro da Velha Guarda da Portela, Zé Keti faleceu de falência múltipla dos orgãos, aos 78 anos de idade, em 14 de novembro de 1999, na cidade do Rio de Janeiro.

 
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