MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


WANDA KOSMO


Wanda Nerine Luizi nasceu em 05 de julho de 1930, na cidade mineira de São Bento de Sapucaí.

Ela nasceu na época em que os paulistas invadiram Minas Gerais e Wanda dizia que foi isso que a deixou sempre “revolucionária”. A mãe não quis abandonar a cidade e ficou ali com Wandinha, a caçula, pois resolveu cozinhar e atender os soldados invasores. Wanda era estudiosa e aplicada. Queria ser advogada. Levava jeito e adorava filmes em que apareciam julgamentos. Por motivos de saúde da mãe, a família mudou-se para Belo Horizonte e, posteriormente, para o Rio de Janeiro.

Wanda conheceu Olavo de Barros, um dos diretores da TV Tupi do Rio, em 1953, vinda do Teatro onde fez os espetáculos “O Complexo de Meu Marido” e “Uma Pulga Atrás da Orelha”, já com o nome artístico de Wanda Kosmo. Começou a escrever então histórias para a TV Tupi e lá conheceu o colega, também ator, José Luiz Pinho, com que se casou meses depois.

Logo seguiu para Portugal na Companhia Teatral de Alda Garrido. Quando voltaram resolveram ir para São Paulo, onde existia o Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC, e Wanda participou, com sucesso, da peça teatral “Véu de Noiva”. Foi depois para a Companhia Maria Della Costa. Ali participou do sucesso “O Canto da Cotovia” e de “A Moratória”. E aí passou a fazer televisão.

Na TV Tupi havia um teatro, que era organizado pelas companhias de teatro, e que se apresentava sempre às segundas feiras, às 21 horas. Grandes sucessos, grandes nomes, grandes espetáculos. E foi aí que Wanda Kosmo começou a exercer sua grande função, a de diretora de espetáculos, no “Grande Teatro Tupi” a partir de 1957.

Trabalhava tanto, que logo começaram a chamá-la de “maluca”. Foi contratada pela TV Tupi, por Cassiano Gabus Mendes e passou a dirigir o “TV de Vanguarda”. Wanda inovava a cada espetáculo, além de escrever também os roteiros. Ela era uma boa atriz com sua voz grave, com seu jeito forte e decidido.

Na TV Tupi ela estreou nas novelas como atriz em “Se o Mar Contasse” em 1964, e depois atuou ainda em “Gutierritos, o Drama dos Humildes” e “O Pecado de Cada Um“. A partir de 1965 se tornou diretora de novelas na emissora, e entre outras dirigiu “O Mestiço”; “Olhos Que Amei”; “A Cor de Sua Pele”; “Calúnia” e “O Anjo e o Vagabundo”. Em 1968, escreveu a novela “O Coração não Envelhece” para a TV Tupi.

Foi para a TV Record em 1969, onde atuou nas novelas “Algemas de Ouro” e “Tilim“, nessa última atuando também como diretora. Em 1970 foi para a TV Globo e lá atuou em “Pigmalião 70″; “O Bem Amado” e “Saramandaia“.  Não suportando o clima muito quente do Rio de Janeiro, pediu demissão da TV Globo e voltou para São Paulo. Aqui montou a peça “Assunta do 21”, e ganhou o prêmio Molière, como melhor atriz de teatro.

Em 1977, Wanda Kosmo foi para a recém criada TVS que em parceria com a TV Record fez a novela “O Espantalho“, e em 1979 ela estava na TV Bandeirantes na novela “Cara a Cara”. Voltou depois para a TV Globo, em 1984, e fez as novelas “Amor Com Amor se Paga”; “Roque Santeiro” e “O Outro”. Em 1990, ela se transferiu para a TV Manchete, onde participou da série “Fronteiras do Desconhecido” e depois da minissérie “A Ilha das Bruxas”. Seu último trabalho na TV foi na minissérie “Tereza Batista” em 1992, na TV Globo.

Wanda Kosmo também teve atuação frequente no Cinema, onde participou de 15 filmes, entre eles, “O Pão Que o Diabo Amassou” em 1958; “Exorcismo Negro” e “O Signo de Escorpião” em 1974; “O Predileto” em 1975 e “Excitação Diabólica” em 1982.

A atriz, diretora e roteirista Wanda Kosmo faleceu em 27 de janeiro de 2007, no Rio de Janeiro, de cãncer no pulmão, aos 76 anos de idade.

 
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