Walter Lima Jr. nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 26 de novembro de 1938.
Repórter cultural do jornal carioca Correio da Manhã, trabalhou lá com o crítico cinematográfico Moniz Vianna ainda nos anos 1960. Em 1963, foi convidado pelo diretor Glauber Rocha para ser assistente de direção de seu filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol”.
Em 1965, levou para a tela dos cinemas o clássico de José Lins do Rego, “Menino de Engenho”, com grande repercussão na crítica especializada, e estrelado por Geraldo Del Rey e Maria Lucia Dahl.
Fez em seguida “Brasil ano 2000″, em 1968, que conquistou o Urso de Prata no Festival de Cinema de Berlim e a Concha de Ouro no Festival de Cinema de Cartagena.
Depois, em 1970, foi a vez de “Na boca da noite”, e em seguida ele foi para a Televisão dirigir vários documentários para a TV Globo e para as TVs educativas, voltando ao Cinema em 1977 com o longa “A Lira do Delírio”, prêmio de melhor filme no Festival de Cinema de Brasília, e estrelado por Anecy Rocha, sua esposa na vida real, e por Cláudio Marzo.
Inicialmente pensado em uma versão para a Televisão, Wálter Lima Junior em seguida dirigiu “Joana Angélica” em 1979, e em 1982 apresentou “Chico Rei”. Em 1983 foi a vez de uma belíssima produção, o longa “Inocência”, prêmio de direção no Festival de Brasília e prêmio Coral no Festival de Cinema de Havana.
Outro grande suceso no Cinema foi a produção “Ele, o Boto”, de 1986, estrelada por Carlos Alberto Riccelli e Cássia Kiss. Nos anos 1990 ele dirigiu “O monge e a filha do carrasco” e o inspirado “A Ostra e o Vento”, apresentado no Festival de Veneza.
Para a Televisão, Wálter Lima Junior fez a minisserie “Capitães da areia” para a TV Bandeirantes e “Dossiê Chatô”, além de um telefilme, “Meu Filho Teu” de 2001.
Em 2006, finalizou o longa-metragem de ficção “Os Desafinados”, que estreou nos cinemas em 2008. Tem ministrado cursos de direção de atores e assistência de direção para cinema no Rio de Janeiro.
