MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


VLADIMIR HERZOG


Wladimir Herzog nasceu na Croácia, àépoca, parte da Iugoslávia, em 27 de junho, de 1937.Ele nasceu na cidade deOsijek. Veio para o Brasil e acabou por se naturalizar brasileiro. Era rapazestudioso e gostava de jornalismo. Revolveu fazer uma faculdade, eoptou por Filosofia. Entrou na USP, Universidade de São Paulo, que funcionavaà rua Maria Antônia, centro da cidade. Formou-se em 1959. Então começou suacarreira profissional como jornalista. Foi trabalhar no mesmo ano de 59 nojornal” O Estadão. Encaminhou-se depois para a televisão e ingressou naTV Excelsior, que fazia bons programas naquela fase. Foi ser redator do”Show de Notícias”. Trabalhou também na Revista Visão e nosescritórios da BBC de Londres. Era um homem retraído, estudioso, apaixonadopor cinema, jornalismo e preocupado com questões culturais e sociais.Isso fazia com que falasse sobre os rumos do Brasil , em repetidasconversas com seus colegas, e nelas ele demonstrava simpatia pelo comunismo,embora fosse terminantemente contra a luta armada. Sem jamais ter se inscrito noPartido Comunista, era chamado do comunista. José Mindlin o chamou paradirigir o Departamento de Jornalismo da TV Cultura. Segundo José Mindlin, seucurriculo era muito bom E ele ali estava, quando de repente, foi chamado acomparecer ao DOI-Codi, do ll Exército de São Paulo. Ele ali compareceu no diae hora marcados. E nunca mais voltou. Era 25 de outubro de 1975, quando seucorpo foi encontrado morto na cela que ocupava. A causa oficial do óbitofoi suicídio. Mas o corpo de Vlado, como os amigos o chamavam, estava com aspernas dobradas e ele tinha no pescoço marcas de enforcamento.

Em 1969, depois da publicação doAI-5, muitas pessoas foram presas, torturadas e mortas.

No dia 31 de outubro de 1975, houve um atoecumênico, que mobilizou a presença de 8 mil pessoas. O ato foi celebrado porD. Paulo Evaristo Arns e o rabino Henry Sobel e mais duas dezenas de sacerdotesde outras igrejas

A reação pela morte de Herzog tevecaráter nacional. A onda de protestos foi intensa, dando início a um processointernacional em prol dos direitos humanos na América Latina.Foi aí o início da abertura democrática do Brasil.

 
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