MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


VIRGÍNIA LANE


Virgínia Giaccone era o nome de registro de Virgínia Lane, que nasceu em 28 de fevereiro de 1920, na cidade do Rio de Janeiro.

Ela foi vedete, atriz e cantora de muito sucesso no Brasil dos anos 1950.

Foi interna do Colégio Regina Coeli até os 14 anos. Depois estudou no Instituto Lafayette e chegou a entrar na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, mas trocou esse estudo pelo de dança. Estudou com a famosa professora Maria Olenewa e freqüentou por bastante tempo a Escola de Bailados do Teatro do Rio de Janeiro.

Em 1935, com apenas 15 anos, iniciou sua carreira profissional como cantora na Rádio Mayring Veiga, e no ano seguinte cantava e dançava em um show no Cassino da Urca. Foi lá que conheceu o maestro Vicente Paiva, e ficou sendo”crooner” de sua orquestra.

No final dos anos 1930 e início dos anos 1940, atuou nos filmes “Alô, Alô, Carnaval”; “Banana da Terra”; “Está Tudo Aí”; “Céu Azul”; “Laranja da China”; “Entra na Farra” e “Samba em Berlim”.

Depois passou a se apresentar na rádio Splendide e na boate Tabaris, de Buenos Aires, cidade onde Virgínia Lane ficou morando por quase quatro anos. Em 1946, no Brasil, gravou “Maria Rosa”, sua primeira marchinha, pela gravadora Continental.

Em 1948, de volta definitiva para o Brasil e para o Rio de Janeiro, Virginia Lane foi vedete da revista “Um Milhão de Mulheres“, de Chianca de Garcia. Ficou conhecida e logo passou para a Companhia de Walter Pinto, que era a mais importante e onde Virgínia ficou por quatro anos. Foi lá, em 1951, que lançou o grande sucesso “Sassaricando”, música que ficou “na onda” por várias décadas e entrou na gíria nacional. O nome da revista era “Eu Quero é Sassaricar“.

Em 1952, Virgínia Lane passou a trabalhar no Teatro Carlos Gomes e nesse ano gravou: “Santo Antônio Casamenteiro” e “Balão”. Foi eleita “Rainha das Atrizes”, pela Casa dos Artistas, e participou com destaque do programa “Espetáculos Tonelux”, da TV Tupi do Rio.

Lançou sucessos musicais como “Amendoim Torradinho”; “Zé Corneteiro”; “A Marcha do Fiu-Fiu”; “A Marcha da Pipoca”; “No Balaio de Sinhá”; “Aprenda o Chá-Chá-Chá”; “Um Beijinho por Telefone”; “É Baba de Quiabo”; “Santo Antônio vai me Abençoar” e “Que Palhaço”. Gravou 24 discos em 78 rpm pela Gravadora Continental, outros tantos pela Todamérica, além de outros pela Carroussel.

Virgínia Lane foi uma das artistas com mais prestígio, na época do governo Getúlio Vargas, com quem, dizem, chegou a ter um romance. Ele lhe deu o título de “A Vedete do Brasil”.

Virgínia Lane trabalhou ao lado de grandes ídolos da época, como Oscarito, Grande Otelo e Zé Trindade em várias chanchadas de sucesso de bilheteria no cinema brasileiro na década de 1950, como “Tudo Azul”; “Está com Tudo”; “Guerra ao Samba”; “O Petróleo é Nosso”; “Carnaval em Marte”; “Tira a Mão Daí”; “Pé na Tábua”; “Quem Roubou Meu Samba?”; “Vou Te Contá”; “Mulheres á Vista”; “Vai Que é Mole” e “O Viúvo Alegre”.

Ela também atuoou em programas de televisão como “Coelhinho Lacta” na TV Rio; “Noite de Gala”, também na TV Rio; “Só o Amor Constrói” na TV Globo; “Brasil 78”; “Os Trapalhões” e “Saudade Não Tem Idade”, todos eles na Globo e ainda fez parte dos júris de calouros do “Programa Raul Gil” e do “Show de Calouros” de Silvio Santos, no SBT.

Ela foi ainda escolhida como Madrinha da Corporação do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e foi também aclamada como a Rainha da Cinelândia.

Quando completou 80 anos de idade, Virgínia Lane lançou o disco “Virgínia Lane, a Vedete do Brasil canta seus 80 anos”.

Fez participações especiais em novelas e seriados da TV Globo: em 1986 no remake de “Selva de Pedra”; em 1990 em episódio de “Delegacia de Mulheres“; em 2006 na novela “Belíssima“; e em 2007 na novela “Sete Pecados“.

Virgínia Lane faleceu em 10 de fevereiro de 2014, aos 93 anos de idade, de senilidade, na cidade de Piraí, no Rio de Janeiro.

 
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