MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


TONICO FERREIRA


O nome completo de Tonico Ferreira é Antônio Carlos Carvalho Ferreira. Nasceu em Santos, cidade praiana de São Paulo.

Ele é arquiteto, formado pela FAO- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP- Universidade de São Paulo. Foi líder estudantil, em meados de 1960 e foi nessa época que conheceu o jornalismo. Começou na carreira diagramando jornais de oposição ao regime militar .Diz ele: “ Na FAO, a gente aprendia também comunicação visual. Comecei então a desenhar os jornais do movimento estudantil, que eram vendidos aos colegas. Eu fazia parte da luta contra a ditadura.”

Sua base de trabalho é São Paulo, mas ele, em suas reportagens, já conheceu muitos países. Na América do Sul ele conhece todos, à exceção da Guiana.

Seu começo foi com pequenos trabalhos que surgiam na Imprensa Oficial. Depois foi ser diagramador, no jornal: “ Folha de São Paulo”. Em 1968, passou para a “Folha da Tarde”. Mas ali ficou pouco. Foi para a revista “ Realidade”, onde começou a se distanciar do seu trabalho de desenho. Depois se envolveu com o jornal”Opinião”, em seu começo, pois ele foi fundado em 1972. Tonico mudou-se para o Rio de Janeiro e logo ficou sendo secretário de redação do “Opinião” e seu 1º funcionário.Era um jornal que lutava pela liberdade, e que conseguiu muitos colaboradores, como Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Suplicy e outros.O grupo resistiu até 1975 apenas.

Tonico voltou a São Paulo e fundou o jornal “ Movimento”, do qual ficou o diretor responsável. E por esse cargo, foi alvo de processo da Lei de Segurança Nacional. Mas logo foi beneficiado pela Lei da Anistia.

Em 1980, o jornalista passou da imprensa escrita à televisão. Por meses ficou na TV Bandeirantes e depois foi contratado para repórter da TV Globo.

Sem mesmo ter prática, quando da morte de Elis Regina, foi escalado para cobrir o fato e teve que entrar ao vivo por 20 vezes. E ele diz: “ E eu nem sabia direito o que era isso. . As coisas iam dando certo, quase sem querer”. Em 1985, cobriu toda a campanha de Tancredo Neves à presidência, e depois sua doença e sua morte. E Tonico diz: “ Pensei que ia fazer a cerimônia da posse e tive que fazer a do enterro . Foi tudo muito assustador e dramático”. Cobriu os recorrentes planos econômicos,a inflação galopante, matérias da América Latina, etc.

Ficou fora da TV Globo um curto tempo, tendo ido para a TV Cultura e o SBT, Mas em 1989, voltou à Globo, convocado por Evandro Carlos de Andrade. Por dois anos foi para Londres, com o cargo de correspondente.

Voltou ao Brasil e às coberturas da América Latina. Em 1982, fez as matérias sobre as eleições. Ele diz: “ Pegamos dados do IBGE, e fizemos uma cobertura de todo o panorama brasileiro e não só o panorama eleitoral”. No dia da eleição, Tonico entrou ao vivo, de São Bernardo do Campo, ao lado de Lula. Fez matérias com ele várias vezes, tanto no Brasil, como em Cuba, São Tomé e Príncipe, Venezuela, Cabo Verde, Antártica, países da África. Antes o repórter também havia acompanhado Fernando Henrique Cardoso. Tonico diz: “ São coberturas em que às vezes ficamos muito sozinhos, sem a família em datas festivas, mas valem a pena, pois a gente percebe que cumpriu o papel de repórter”.

Entre outras grandes reportagens, Tonico cita a do terremoto do Haiti, em 2010, que entraram no “ Jornal Nacional”. Diz ele: “ Fiquei lá 15 dias de tristeza, tentando até amenizar um pouco os problemas tão dramáticos que via. Aprendi muito com eles”.

Tonico Ferreira trabalhou também no projeto: “ Amazônia”. Fez cinco viagens à região, para quatro séries de reportagens. Sua presença é freqüente no “ Jornal Nacional”, no “ Globo Repórter”, no “ Sem Fronteiras”, da “ Globo News”.

Diz Tonico: “Estou fazendo um curso eterno de aprendizado da situação social e econômica do país e do mundo. É como se eu estivesse na maior universidade. E com possibilidade de entrevistar qualquer um, que me pareça útil e importante para o público”.

 
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