MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


TITO BIANCHINI


Tito Bianchini se chama Alberto Bianchini e nasceu em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, a 15 de fevereiro de 1931, num dia de Carnaval.

Neto de italianos, os pais não queriam que o garoto viesse para a capital. Mas ele deu uma “fugidinha”, como diz, e veio sozinho, aos 14 anos de idade. Morou numa pensão, no centro e logo arranjou seu primeiro emprego de auxiliar de serviços gerais. Foi mudando de emprego, melhorando, e queria estudar medicina.

Não passou no vestibular em S.Paulo, mas passou no Rio de Janeiro, na Praia Vermelha. Cursou um ano e meio, quando um amigo seu, Hélio Tozzi, o levou a conhecer a “novidade”, que surgia no Brasil, a Televisão, onde Tozzi trabalhava. E Tito foi. Aquela visita modificou sua vida. Também quis trabalhar lá, pois era jovem e aqueles “câmeras”, como eram chamados, tinham todo o prestígio do mundo e ganhavam bem. Eram considerados “astronautas”. Um negócio fantástico ! Tito deu-se bem, e progrediu. Logo passou a ser diretor de programas, além de ator, em pequenos papéis, quer de TV, como de cinema, no filme “O Sobrado”. Era um trabalho sério e difícil, mas os rapazes eram elitizados, elegantes, cultos, finos.

Tito esqueceu a medicina, embora, no fundo, não estivesse conformado em não estudar. Dirigiu grandes programas como: “O Céu é o limite”, e grandes “TVs de Vanguarda”, como “Crime e Castigo”, de Dostoiesvisky, que foi realizado ao vivo, ocupando vários estúdios, verdadeiro desafio para toda a equipe, mas principalmente para os câmeras. Em 1952 Tito foi para a TV Paulista ,que se inaugurava. Fez parte de uma grande turma que para lá emigrou.

Em seguida, porém, voltou para a Tupi. E passou a viajar pelo Brasil, para Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, sempre lançando e trabalhando em programas de sucesso. Quando a TV Excelsior foi inaugurada, para lá se transferiu, mas voltou à Tupi, quando pouco antes ela se deteriorar. Tito Bianchini fez, com Goulart de Andrade, o famoso programa “Sumaré 24 horas”. E também o “Agro 70”, programa de ecologia. No tempo não se faziam quase externas e levava-se boi para os estúdios. Mas, ainda que vitorioso, Tito estava insatisfeito. Havia se casado com uma bailarina, do Balé IV Centenário, e auxiliado em principio pelo sogro, abriu uma empresa de limpeza “Mosca”, que vendia cortinas anti-insetos e que foi sempre crescendo. Apareceu a oportunidade de voltar a estudar e Tito Bianchini fez Direito, em São José dos Campos.

Para essa cidade, que é vizinha a S.Paulo, ia quase todas as noites. Formou-se em Direito e ingressou na luta sindical, em defesa dos direitos dos trabalhadores de Rádio e Televisão. E foi presidente do Sindicado dos Radialistas de São Paulo. A família ia crescendo, nasceram-lhe duas filhas, Silvana e Sioni. Hoje tem netos e a empresa Mosca é de médio para grande porte. Tem 1900 empregados e prospera sempre. Faz coletas de lixo urbano, hidro-semeaduras, limpezas especializadas em represas, etc. Tito Bianchini, é líder nato. Hoje preside a Abrenge – Associação Brasileira de Empreiteiros de Limpeza Pública. E quando perguntado sobre o que lhe parece mais importante para vencer e liderar, responde: “Humildade. É ela que leva à vitória. Acredito que nada se consegue à base da força. Só da persuasão, da persistência e da humildade, repito”. Esse é Tito Bianchini, um vencedor.

 
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