MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


THEOTONIO PAVÃO


Theotonio Pavão nasceu em Pratânia, interior de São Paulo em 27 de abril de 1915. Artista completo, ele foi compositor, folclorista, músico, poeta e jornalista. Escrevia nas revistas “São Paulo na TV” e ”Radiolândia” e foi um dos criadores do Troféu Imprensa em 1960, juntamente com Antonio Brusco e Placido Manaia Nunes.

Quando jovem estudou contabilidade e dava aulas de violão, cantava e compunha músicas sertanejas e folclóricas. Isso o levou ao meio artístico. O primeiro momento foi trabalhando na Bauru Rádio Clube, em Bauru-SP. Casou-se no início dos anos 40 e precisou trabalhar com vendas pois nessa época ganhava-se muito pouco numa carreira artística. Até 1955 foi gerente de vendas da Martini & Rossi no Rio de Janeiro. Com Clarinda, o casal teve dois filhos, Albert e Meire. Em 1956, a família mudou-se para São Paulo e Theotônio voltou a dar suas aulas de violão. A explosão da bossa nova aumentou sua clientela. Todos os jovens queriam aprender a dedilhar umas cordas e surgiu uma celebridade no meio, o Professor Pavão.

Ganhou prestígio no meio artístico e foi convidado a gravar seu primeiro disco em 1958, pela gravadora Califórnia. Era um 78 rotações com dois solos de violão. Nessa época, ele lançou seu método de aprendizado, onde verbalizou suas aulas que lhe deram fama. O livro “Violão sem Mestre”, da editora Fermata, tornou-se um clássico. Para divulgar o produto ele criou um grupo de alunas chamado Garotas Violonistas, que tinha a filha Meire e a cantora Regiane, um destaque do elenco da gravadora Young, como integrantes. Em 1960, as garotas gravaram um disco em Buenos Aires, para onde foram apenas a passeio.

Logo Theotônio foi para a tv. Na Tupi realizou o programa O VIOLÃO É O PERSONAGEM. O seu grupo Garotas Violonistas virou um quarteto, o Conjunto Alvorada, gravando discos e se apresentando principalmente no sul do Brasil, Argentina e Uruguai. O grupo se firmou e ganhou um programa na TV Record aos sábados, chamado CLUBE DO VIOLÃO GIANNINI. Também fizeram outro, em Curitiba-PR, aos domingos.

Em 1964, o Conjunto Alvorada acabou e a filha Meire Pavão partiu para a carreira solo. Theotônio passou a dar uma atenção especial a ela. E também a carreira do filho, Albert Pavão, que se lançou como cantor.

Em 1965, tornou-se pioneiro na criação de temas para telenovelas compondo “Balada para uma Deusa Menina”, gravada por Hugo Santana para a novela “A Deusa Vencida”, da Excelsior.

Passada a onda da Jovem Guarda, já nos anos 70, o professor Pavão se dedicou às canções infantis. Nos anos 80 ele lançou o método “Aprenda Violão com a Turma da Mônica”.

Em 82 Theotônio teve um AVC. Restabelecido, resolveu se aposentar e passou a se dedicar ao estudo do tupi, sua nova paixão, lançando o livro “Abatijé”, sobre a língua indígena. Foi homenageado, em 85, com o título de “Cidadão Paulistano” da Câmara Municipal de São Paulo.

Após sofrer um novo AVC ele faleceu em São Paulo, aos 72 anos de idade, em 25 de fevereiro de 1988, tendo o corpo sido sepultado no Cemitério Getshemani, na capital paulista.

Está homenageado com seu nome numa rua em São Paulo, na Zona Leste. Também tem rua com seu nome em Barra Bonita, para onde fez um hino.

O professor Pavão será sempre lembrado como uma das figuras principais dos primórdios do rock no Brasil. Como professor de violão, folclorista, produtor, versionista e compositor. E por ser o líder de uma família onde os filhos Albert e Meire Pavão foram grandes destaques da música jovem dos anos 60.

11-07-2020 / M.A.Z.

 
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