MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


THALMA DE OLIVEIRA


Thalma de Oliveira nasceu em 1 de fevereiro de1917. na capital paulista. Seu pai, Ricardo de Oliveira, era poeta, teatrólogo e foi presidente do Sport Clube Corinthians.Sua mãe, Hermínia Galiano, era nascida na capital. Thalma iniciou seus estudos no Liceu Pan-Americano, como aluno interno, mas a família passou por forte crise financeira e ele deixou os estudos para trabalhar. Começou como monotipista. Estava com menos de 14 anos de idade. Mas eramuito inteligente e aos 16 anos entrou na Repartição de Águas e Esgotos, como servente, passando logo a escriturário. Fez concurso e entrou no Departamento Nacional do Café.Em 1933 retomou seus estudos. Começou a preparar-se para a Escola Politécnica, tendo chegado até ao segundo ano. Mais uma vez as dificuldades financeiras o obrigaram a deixar de estudar, o que só fez bem mais tarde, quando já era casado e com filhos, quando entrou na Faculdade de Direito da USP e se formou em 1952.Militou como advogado por alguns anos, mas sua inclinação artística vinha se fortalecendo e ele foi se dirigindo ao rádio e mais tarde àtelevisão.Sua carreira artística teve início na Rádio São Paulo, em1º de abril de 1944. Logo conseguiu um bom salário, mesmo sendo principiante,pois tinha a função de programador. Da Rádio São Paulo logo passou para aRádio Record, que também fazia parte da Rede de Emissoras Unidas, da famíliaPaulo Machado de Carvalho. Na Record ficou por 15 anos consecutivos, e onde escreveu os mais diversos tipos de programas. O mais importante deles foi: “O Crime não Compensa”,que foi iniciado por Oswaldo Moles e continuado por Thalma e que fez enorme sucesso. Nessa série ele incluiu a biografia de Virgulino Ferreira, o Lampíão. Para isso , Thalma fez várias viagens ao nordeste, afim de retratar fielmente a vida do cangaceiro. Thalma também escreveu”O Teatro do Outro Mundo”,versando sobre assuntos sobrenaturais.Thalma de Oliveira chegou a diretor artístico da Rádio Record, quando levou a emissora à posição de prestígio, que havia perdido.

Após 20 anos de atividades ininterruptas em rádio e televisão, nas Emissoras Unidas, Thalma de Oliveira transferiu-se para a Rádio Bandeirantes, onde ficou também bastante tempo. Mas ele, apesar disso, escreveu muitíssimas novelas para o rádio e para a televisão, de São Paulo, de Belo Horizonte, de Recife, de Curitiba, de Porto Alegre.Escreveu perto de 100 novelas, de rádio e de televisão.

As novelas de televisão mais famosas, de autoria de Thalma de Oliveira, foram:”O Direito de Nascer”, com Teixeira Filho, uma adaptação de Félix Caignet;”O Preço de Uma Vida”;”Em Busca da Felicidade”;”Calúnia”;baseada num original de Vanda Cosmo”;”Ciume”, em parceria com Sílvio de Abreu.

Para o cinema, Thalma de Oliveira escreveu vários argumentos e diálogos. Escreveu os diálogos de: “Absolutamente Certo”,escreveu o argumento e os diálogos de “O Circo Chegou à Cidade”;”Uma Certa Lucrécia”;”Copacabana Pálace”;”Lampião, o Rei do Cangaço”. Para o teatro escreveu algumas peças,em seu começo de carreira, seguindo as pegadas de seu pai, mas as desconsiderou. Fez também algumas atuações , sendo que suas últimas participações foi no TBC, fazendo o papel principal de “Brief Encounter” e “Good Bye, little Sheeba”. Em jornal , Thalma de Oliveira foi redator e cronista do “Tablóide” e “A Platéia”.Em literatura , concorreu ao Prêmio Governador do Estado, com o livro:” Eu e o Outro”.Em música, teve originais seus gravados por Torrinha e Canhotinho, entre as quais:”Jornada de São Gonçalo”; compôs, com Hervê Cordovil: “Querida”;e com outros parceiros: “Sorte de Maria”;Carro de Bigode”;”Negócio de Família”; “Depois”.

Thalma de Oliveira ganhou vários títulos e troféus, como autor de Rádio e TV. Ganhou o “Hours Concours -do Roquete Pinto”,vários “Tupiniquim”; e muitos outros prêmios como poeta, e escritor.Em suas outras atividades, ele foi Procurador Chefe da procuradoria Judicial do Instituto de previdência do Estado; foi Presidente da Comissão de Reestruturação daquele órgão; foi professor e fundador da cadeira de Rádio Teatro da ECA-Escola de Comunicações e Arte da Universidade de São Paulo

Thalma de Oliveira faleceu em 7 de junho de 1976, na capital paulista. Após seu falecimento, por solicitação do também radialista Vicente Leporace, seu nome foi atribuído a uma rua da zona leste de São Paulo, que hoje se chama: Avenida Thalma de Oliveira.

 
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