Theresinha Malka Brandwain nasceu em Nilópolis, no Rio de Janeiro, em 10 de março de 1934.
Descendente de uma família de imigrantes judeus, ela assumiu o nome artístico de Tereza Rachel e foi atriz e produtora. Atuou principalmente em Teatro, mas fez também importantes papéis na Televisão e no Cinema.
Sua carreira se iniciou nos palcos, em 1952, no espetáculo ”Um Inimigo do Povo” e depois fez “Fedra” e “O Anjo”. Se destacou na peça “Os Elegantes” de Aurimar Rocha, em 1955. Em 1956, atuou em “Prima Dona” e recebeu o prêmio de atriz revelação da ABCT – Associação Brasileira de Críticos Teatrais.
Tereza Rachel fez parte do elenco do TNC- Teatro Nacional de Comédia; da Companhia de Teatro Tônia- Celi-Autran e do TBC- Teatro Brasileiro de Comédia. Participou de montagens expressivas dos nossos palcos como “A Bela Madame Vargas”; “Poeira de Estrelas”; “O Telescópio”; “Ilha das Cabras”; “Quartos Separados”; “Romanoff e Julieta”; “Senhorita Julia”; “Felisberto do Café”; “Os Fuzis da Senhora Carrar”; “Bonitinha Mas Ordinária” e “Boca de Ouro”.
Em 1962, Tereza realizou uma viagem de estudos sobte teatro na Itália e na França, e em 1965, de volta ao Brasil, atuou em “Berço do Herói” e depois em “Liberdade, Liberdade”; “O Pagador de `Promessas”; “Édipo Rei” no papel de Jocasta; “Dr. Getulio, Sua Vida e Sua Glória”; “O Preço”; “Crime Perfeito”; “Catarina da Rússia” e “O Balcão”, peça de grande sucesso na época, em 1969.
Em 1971, ela fundou o Teatro Tereza Rachel, na cidade do Rio de Janeiro, e a peça inaugural foi “A Mãe”, um grande sucesso dos palcos cariocas e com ela, Tereza ganhou o Prêmio Molière de Melhor Atriz do Ano. Em seguida, no seu próprio Teatro, ela fez clássicos como “Tango”; “A Gaivota”; “Gata em Teto de Zinco Quente”; “Orfãos de Jânio”; “A Senhorita de Tacna” e “Um Bonde Chamado Desejo”.
No Cinema ela estreou em 1956, atuando na comédia “Genival é de Morte” e voltou à tela grande em 1963, para atuar em “Ganga Zumba” e em “Sol Sobre a Lama“. No ano seguinte ela esteve na produção “Procura-se uma Rosa” e em 1965, atuou em “Canalha em Crise”.
O reconhecimento cinematográfico veio em 1973, quando foi Brigite no filme “Amante Muito Louca” ao lado de Cláudio Correa e Castro, dirigida por Denoy de Oliveira, e pelo qual ganhou todos os prêmios como melhor atriz do ano no Cinema. Atuou ainda em “Feminino Plural”; “Revólver de Brinquedo”; “A Volta do Filho Pródigo”, dirigida pelo seu marido Ipojuca Pontes; “Àguia na Cabeça” e “Pedro Mico” em 1985, ao lado de Pelé.
A atriz chegou na Televisão em 1957, atuando no “Grande Teatro Tupi”, e estreou nas novelas em 1967, na TV Excelsior, na novela “A Pequena Karen”. Em 1972, na TV Tupi, foi a personagem Maria Homem da novela “Jerônimo, o Herói do Sertão”. Passou para a TV Globo em 1974, onde fez a novela “O Rebu”, e a partir daí foi presença constante em trabalhos marcantes da nossa teledramaturgia como a Débora de “O Grito”; a Clô Hayala de “O Astro”; a Lola de “Marron Glacê“; a Marta de “Baila Comigo“; a Aurora de “Paraíso”; a Renata Dumont de ”Louco Amor”; a Princesa Isabel das minisséries “Abolição” e “República“; a Eva de “Bebê a Bordo”; a inesquecível Rainha Valentine de “Que Rei Sou Eu?”; a Francesca de “A Próxima Vítima”; a governanta Berta de “Era Uma Vez…”; a Rebeca de “Caras e Bocas”; a Condessa Michelle do remake de “Saramandaia” e a Mary Popins de “Babilônia” em 2015.
Tereza Rachel foi casada duas vezes, a primeira com o antiquário Elio de La Sierra e a segunda com o diretor Ipojuca Pontes. Ela faleceu em 2 de abril de 2016, aos 82 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro, depois de três meses de internação por complicações intestinais.