Ruthinéa Moraes da Silva nasceu no Rio de Janeiro, em 01 de junho de 1930.
Logo percebeu sua veia artística, e então, já na capital paulista, onde passou a viver, procurou aproximação com os veículos de arte. Era formada em Letras e em Arte Dramática. Assim, Ruthinéa conseguiu ligações com o teatro, a televisão e o cinema. Passou a participar desses três veículos alternadamente.
No Teatro, onde estreou em 1959, na peça “Gimba, Presidente dos Valentes“, ela se destacou e ganhou prêmios de melhor atriz em espetáculos de grande impacto no público como “A Alma Boa de Set-Tsuan” em 1960; “O Avarento” em 1966; “Homens de Papel” e “Navalha na Carne”, ambas em 1967, tendo sido premiada como melhor atriz do ano por seu trabalho nessa peça de Plínio Marcos; “Cordélia Brasil” em 1968; “A Dama de Copas e o Rei de Cuba” em 1973; “Quarto de Empregada” em 1974; “O Duelo” em 1975; “As Avestruzes” em 1979; “Coragem, Meu Bem Coragem” em 1983 e “Novela das Oito” em 1988.
Ao contrário de outros atores, que tiveram vida longa em um só veículo e até em uma só emissora, Ruthinéa preferiu ser free-lancer e alternou-se sempre. Em 1966, apareceu na TV Tupi de São Paulo nas novelas: “O Pequeno Lord”, “Yoshico – Uma Poema de Amor” e Presídio de Mulheres”. Entrou na TV Excelsior, que estava em ascensão e fez as novelas “A Pequena Órfã”, “A Menina do Veleiro Azul” e “Dez Vidas”. E na TV Bandeirantes, fez “As Asas São Para Voar”.
Nessa época esteve presente em vários filmes: “Anuska, Manequim e Mulher”; “A Marca da Ferradura”, “Lua-de-Mel e Amendoim”, “A Marcha”, “Os Três Feiticeiros”; “O Marginal”; “As Mulheres Sempre Querem Mais”; “Pensionato de Mulheres”; “O Predileto”; “Senhora” e “Possuídas Pelo Pecado”.
Voltou a TV Tupi em 1970, e fez uma participação na novela “O Meu Pé de Laranja Lima” e atuou nas novelas “Signo da Esperança”; “Vitória Bonelli”; “Rosa dos Ventos”; “O Conde Zebra”; “O Machão”; “Meu Rico Português”;”O Julgamento”; “Tchan! – A Grande Sacada”; “Um Sol Maior”; “Éramos Seis” e o “O Direito de Nascer”.
Na TV Bandeirantes fez a novela “Cara a Cara“; na TV Cultura, a minissérie “Pic-Nic Classe A“; na TV Globo esteve no seriado “Malu Mulher” e na novela “Chega Mais”; e no SBT apareceu nas novelas “Destino”; “Conflito”; “A Ponte do Amor”; “Vida Roubada” e “Uma Esperança no Ar”.
Na TV Manchete, Ruthinea fez a minissérie “Santa Marta Fabril“, em 1984, e na Rede Globo teve uma participação especial na novela “Sonho Meu” em 1993. Também atuou na CNT/Gazeta em “Antonio dos Milagres” e em “Irmã Catarina“. Seus últimos trabalhos foram na TV Record, onde atuou em “A Filha do Demônio” e em “Canoa do Bugre“.
Ruthinéa de Moraes foi casada com o ator João José Pompeo por muitos anos e era mãe da atriz Silvia Pompeo. Ela faleceu em 24 de julho de 1998, na cidade de São Paulo, aos 68 anos de idade, após um infarto.