Rubens Barra nasceu no bairro do Brás, na capital de São Paulo, em2 de fevereiro de 1934.
Teve uma infância feliz e aprendeu a ser joalheiro, profissão que exerceu, quando jovem, por bastante tempo. O pai era linotipista do Diário Popular, onde trabalhou por 44 anos, a quem Rubens considerava seu maior amigo. Rubens ganhou um prêmio como joalheiro, e teve oportunidade de ir estudar joalheria em Amsterdã, mas preferiu ficar no Brasil.
Ainda bem jovem foi convidado por Brancato Junior e foi para a OVC – a TV Paulista, que mais tarde viria a ser TV Globo. E lá dedicou-se à cenografia. Naquele tempo o cenógrafo era o “arquiteto” de todo o cenário: desenho, construção, e depois o mobiliário, os enfeites, toda a contra-regra. Rubens Barra encantou-se. Esqueceu sua pequena joalheria e, aos 24 anos, ingressou totalmente na televisão.
Da TV Paulista transferiu-se para a TV Tupi. Da “pintura de liso”, foi para a “pintura decorativa”, e para a montagem geral da cena. Na TV Paulista fez novelas, como: “Oliver Twist”, “O Ferreiro”, “A Princesinha” . Na TV Tupi, além de outros, fez muita amizade com Geraldo Vietri, para ele um mestre. Fez as novelas : “Meu Rico Português” , “Os Apóstolos de Judas”, “Nino o Italianinho” , “A Fábrica”. Depois Rubens Barra foi para a TV Excelsior, que era “a Globo da época”, segundo ele. Emissora inovadora, muito moderna e criativa. Ali fez: “Sangue do meu sangue”, “Dez Vidas” , “O Estranhos”.
Mas a Excelsior faliu, e o cenógrafo Rubens voltou à Tupi. Dessa vez trabalhando com Walter Avancini. Casou-se com Irene, que era a secretária do Departamento Cenográfico, e nasceu Adriana, que trouxe muito orgulho a seus pais. A seguir também a Tupi veio a falir e Rubens Barra transferiu-se para a TV Bandeirantes, montando as novelas: “Cavalo Amarelo” , “Dulcineia vai à guerra” , “A Deusa Vencida” , “A Filha do Silêncio”, e a famosa: “Os Imigrantes”. Mas Rubens também trabalhou na criação de comerciais de televisão. E ganhou prêmios. “Minha habilidade de joalheiro me ajudou muito”. A seguir a TVS, e depois foi teatro.
Foi ele o criador do cenário de “Trair e Coçar”, peça que está em cartaz em S.Paulo há mais de dez anos.Rubens Barra esteve em Valinhos, onde criou uma cidade cenográfica para a Igreja Católica e ali foram gravadas algumas novelas religiosas, que ganharam prêmios internacionais no estilo. Rubens Barra sempre foi um homem bom, e que amava o seu trabalho, os seus amigos, e sobretudo a sua família. Principalmente a “sua Irene” ,sua esposa, maior prêmio que ele ganhou na vida.
Faleceu em 09 de Junho de 2011, aos 77 anos.