MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


ROGÉRIO DUPRAT


Rogério Duprat nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 7 de fevereiro de 1935. E faleceu em São Paulo, capital, em 26 de outubro de 2006. Foi compositor, maestro,e um dos maiores responsáveis pela ascensão da “Tropicália”, à qual inseriu arranjos elaborados e criativos.

Sua vida:

Ele começou a carreira por acaso. Tocava violão, cavaquinho, gaita de boca, tudo “ de ouvido”, por brincadeira. Bem depois é que se interessou pela música erudita e participou de orquestras. Foi da “ Orquestra de Câmara de São Paulo”, que ajudou a fundar em 1956. Duprat foi aluno de Karlheinz Stockhausen na Alemanha, juntamente com o famoso músico Frank Zappa.

Em 1963, ao lado do maestro Damiano Cozzella, Duprat usou o computador IBM 1620, da “ Escola Politécnica da USP”, para compor: “ Klabibm ll”. O fato era inédito no Brasil e foi a precursora da música eletrônica.

Foi depois professor da “ Universidade de Brasília”, mas aí houve a intervenção do governo militar e o maestro Duprat teve que sair do cargo. Mudou-se para São Paulo, exatamente em 1964 e passou a viver meio recluso, em Itapecerica da Serra, nas cercanias da cidade.

Fez então arranjou para canções de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Os Mutantes, Gal Costa, Nara Leão e outros.Ficou sendo cognominado o “George Martin” da Tropicália”.

Em 70, o maestro trabalhou com Walter Franco e o grupo: “ O Terço”. Gravou pela “ Disco Music Nacional”. Fez: As Frenéticas. E fez jingles publicitários.

Adoeceu.Ficou com mal de Alzheimer e teve câncer na bexiga.

Foi internado em 10 de outubro de 2006. A doença evoluiu para insuficiência renal e ele veio a falecer.

A morte:

O velório foi no MIS- Museu da Imagem e do Som de São Paulo. E o corpo cremado em 27 de outubro, no crematório da Vila Alpina.

Curiosidade:

Ele era criativo ao máximo. Quando o governo baixou o AI-5, ele fez o “Disco Branco”, de Caetano Veloso, em 1969.E na faixa “ Acrilico” ouve-se um caos sonoro e um “pum”, feito pelo próprio maestro, como profundo deboche do regime militar. Era o resumo”sonoro”, do que ele achava de tudo aquilo.

Caetano disse: “ Achei estranho demais, mas como o respeitava muito….não tive coragem de mandar mudar”. E assim ficou na gravação.

 

 
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