Rodolfo Konder foi jornalista, escritor, tradutor, professor universitário e conferencista.
Ele nasceu na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, em 5 de abril de 1938. É o filho do meio do intelectual comunista Valério Konder e de Ione Coelho. Seu irmão mais velho é o filósofo marxista Leandro Konder e a irmã mais nova Luiza Eugênia Konder, casada com o banqueiro Antônio Carlos de Almeida Braga.
Como jornalista, Konder trabalhou nos principais jornais do país. Durante cinco anos, foi professor de jornalismo na FAAP- Fundação Armando Álvares Penteado. Foi ainda diretor da FIAM- Faculdades Integradas Alcântara Machado, por um ano. Fez palestras e conferências no Brasil e no exterior. Os temas abordados foram sempre o jornalismo, a liberdade de expressão e a democracia.
Ele trabalhou na TV Cultura entre 1989 e 1991, onde foi conselheiro da Fundação Padre Anchieta e também apresentou o “Jornal da Cultura”. Atuou na TV Bandeirantes, onde teve um programa semanal e também na Radio Gazeta, em 1989.
Durante a gestão do prefeito Paulo Maluf, em São Paulo, Rodolfo Konder foi secretário de Cultura do Município, de 1993 a 1996.
Também passou pelas redações das revistas Realidade, Singular Plural, Visão, Isto É, Afinal, Nova, Playboy, Revista Hebraica e Época.
Como escritor, sua obra é extensa. Escreveu “A Ascensão dos Generais”, “Cadeia Para os Mortos”, “Sob Sob o Comando das Trevas”, ” Tempo de Ameaça”, “De Volta Aos Canibais”, “Anistia Internacional”, “O Veterano de Guerra”, “Erkundungen”, “Palavras Aladas”, “O Rio da Nossa Loucura”, “As Portas do Tempo”, “A Memória e o Esquecimento”, “A Palavra e o Sonho”, “Hóspede da Solidão”, “Labirintos de Pedra”, ” O Conto Brasileiro Hoje”, “Retratos na Neve” e “Sombras no Espelho”.
Rodolfo Konder recebeu inúmeros prêmios. Em 1994, o Prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo. Em 1995, o Prêmio Homem dos Direitos Humanos. Em 1996, o Prêmio Borba Gato. Em 1999, a Medalha Monteiro Lobato da Academia Brasileira de Literatura Infanto-Juvenil e em 2001 o Prêmio Jabuti, na categoria contos e crônicas, pelo livro “Hóspede da Solidão“.
Rodolfo Konder faleceu na capital paulista em 1º de maio de 2014, aos 76 anos de idade, vitimado por uma insuficiência cardíaca.