O nome civil de Roberto Miller era Ignácio Maia. Ele nasceu em São Paulo, em 1923. E faleceu também na capital paulista em 2013. Era desenhista e pioneiro da animação no Brasil. Trabalhou em emissoras de televisão e em cinema.
Era filho de um português, correspondente da Reuters, uma agência internacional de notícias, e ele por motivo de trabalho, teve que voltar para Portugal, onde o filho cresceu. Mas depois, de volta ao Brasil, aqui ficou para sempre.
Roberto fez sua vida aqui, fez seu trabalho, casou-se e teve dois filhos.
Morava no bairro da Aclimação, praticamente no centro de São Paulo. No porão de sua casa, formou um estranho laboratório, onde fazia seus desenhos animados. Estes eram abstratos, de vanguarda. E ele aproveitava material usado de filmes, os raspava, até que ficavam em condições de receberem seus desenhos, feitos á mão, quadro por quadro. Um verdadeiro artista. Fez amizade com o escocês Norman McLaren, também animador e eles trocavam constantemente figurinhas. Em tal quantidade, que chegaram a achar que os desenhos eram semelhantes.
Roberto Miller ganhou alguns prêmios, em festivais internacionais de desenhos.
Na televisão:trabalhou primeiramente na TV Tupi de São Paulo, depois na TV Bandeirantes e em seguida na TV Cultura, onde entrou nos anos 60 e foi diretor do departamento de cinema. Cuidou do programa: “Lanterna Mágica”.
Antes da televisão, Ignácio Maia havia trabalhado na Academia de Polícia, no setor de audiovisual.
Um dos seus filhos, de nome Roberto Maia, é jornalista e apresenta um programa de rock, na 89 FM.
Roberto Miller teve problemas renais e respiratórios. Faleceu no dia 16 de março de 2013, aos 89 anos de idade. Deixou muita saudade.