Roberto Civita nasceu no dia 9 de agosto de 1936, na cidade de Milão, importante centro industrial da Itália, em 1936. Filho de Victor Civita, também italiano, o menino, assim como o pai, desde cedo gostava de estudar e era ligado à comunicação.
Na época da II ª Guerra Mundial, quando a Itália se uniu à Alemanha, e perdeu para os Aliados, que eram formados por paises europeus, que nos primeiros anos perderam, mas mais tarde se juntaram aos Estados Unidos e por fim até ao Brasil, e ganharam a guerra, muitas famílias européias emigraram para a América.
Assim fizeram os Civita. Roberto no país americano estudou e cresceu, pois sua família ali permaneceu por dez anos. Depois disso, resolveram se mudar para o Brasil. Quando chegou a hora da faculdade, Roberto resolveu fazê-la nos Estados Unidos. Lá formou-se em Economia e em Jornalismo.
Quando voltou ao Brasil, o pai já tinha construído o “ Grupo Abril”. Coube-lhe, à princípio, trabalhos humildes, como por exemplo, dirigir uma caminhonete “Kombi”, em plena madrugada, e fazer a entrega das revistas. Mas grupo bem conduzido e coeso, só fez crescer. E hoje, tantos anos depois, conta com 9000 empregados e coloca no mercado as revistas mais importantes do país, tais como: “ Veja”, “Exame”, “Cláudia”, “ Quatro Rodas”, “ Playboy, e vários outros títulos, que ao todo são 52. Um verdadeiro recorde,sendo que já publicou a eternamente saudosa: “Realidade”, que era tão boa, que quem a comprava, não se desfazia dela jamais e a guarda até hoje, como preciosidade.
Em 1990, Victor Civita, o patriarca da família, veio a falecer. E Roberto foi escolhido, por suas qualidades, a ficar em seu lugar, comandando a Abril e todos os outros negócios da família. E fez mais: Entrou em televisão. Criou a MTV (TV Abril), a TVA e a DirectTV. Antes, em 1984, Roberto Civita através da Abril Vídeo fez parceria com a TV Gazeta, produzindo programas da Abril locando o espaço noturno na emissora. Foi sua primeira incursão em televisão, parceria que durou dois anos.
Homem de caráter firme, vida organizada, reta, exemplar, chegou, porém o momento em que Roberto achou por bem desfazer-se de parte dos investimentos. Saiu da Directv e desfez-se da TVA. Não deixou, porém, de comandar as revistas, e na principal delas, a Veja, muitas vezes apareciam seus textos, seus editoriais.
No dia 26 de maio de 2013, Roberto Civita veio a falecer. Estava com 76 anos. Sua morte foi tão sentida e pranteada, não só por seus parentes e amigos, como por todas as principais autoridades do país. Dilma Roussef, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, governadores de vários estados e demais personalidades, compareceram ao féretro, ou escreveram lindas mensagens sobre ele.
O que mais marcou, em toda a existência de Roberto Civita, foi seu amor pela democracia, sua preocupação por um Brasil cada vez melhor e com mais educação, e pela construção de um brasileiro culto, capaz, íntegro.
