Descendente de italianos, Renato Consorte nasceu no centro da capital paulista, na rua Aurora, em 27 de outubro de 1924.
Estudou no Colégio Caetano de Campos e, queria fazer Medicina, mas foi influenciado por Ibrahim Nobre para fazer Direito. Entrou na Faculdade do Largo de São Francisco. Não terminou jamais a faculdade, pois ele gostava mesmo era de música, de fazer graça e de se apresentar num palco.
Fez parte da Caravana Artística XI de Agosto, da Faculdade de Direito e viajou por todo o interior, cantando e representando. E foi assistido pela atriz e produtora Alda Garrido, quando fazia dublagem do famoso cantor americano Bing Crosby. Ele não aceitou o convite que ela lhe fez, pois ainda estava convicto de que queria ser advogado, mas em seguida conheceu Inezita Barroso e Paulo Autran e se tornou amigo dos dois.
Acabou sendo “jubilado” da Faculdade quando já estava no 4º ano, e sendo contratado pelo TBC (Teatro Brasileiro de Comédia) em 1949, estreando nos palcos com a peça “A Noite de 16 de Janeiro”. No ano seguinte foi para a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde estreou no Cinema na produção “Caiçara“, a primeira da Vera Cruz, em 1950.
Na Companhia se tornou um dos seus principais atores e atuou nos filmes “Ângela”; “Terra é Sempre Terra”; “Apassionata”; “Sai da Frente”; “Tico Ticono Fubá”; “Veneno”; “Esquina da Ilusão”; “A Família Lero-Lero”; “Sinhá Moça”; “É Proibido Beijar” e “Na Senda do Crime”.
Também marcou presença no Cinema Nacional em filmes como “A Baronesa Transviada” e “Osso, Amor e Papagaios”, ambos em 1957; “Pluft, o Fantasminha” em 1964; “Cristo de Lama” em 1968; “O Bandido da Luz Vermelha” em 1968; “Gente que Transa” em 1974; “Sabendo Usar Não Vai Faltar” em 1976; “O Coronel e o Lobisomem” e “Ato de Violência” em 1978; “O Menino Arco-Íris” e “Curumim” em 1980; “Eles Não Usam Black-Tie” em 1981; “O Cavalinho Azul” e “O Baiano Fantasma” em 1984; “Sonho Sem Fim” em 1986; “Os Trapalhões no Auto da Compadecida” em 1987; “Sua Excelência, o Candidato” em 1991; “Sábado” em 1994; “Cafundó” e “O Casamento de Romeu e Julieta” em 2005; “Boleiros 2” em 2006 e “O Homem que Desafiou o Diabo” em 2007.
A Televisão entrou na vida de Renato Consorte em 1955 quando foi contratado pela TV Paulista para participar do “Teledrama TV Paulista”. No ano seguinte ele estava na TV Tupi no “Teatrinho Trol”, e em 1957 foi fazer o Papagaio do programa “Sessão Zig-Zag” na TV Record. Atuou também na TV Rio, em 1959, fazendo parte dos humorísticos “Noites Cariocas”; “Praça da Alegria” e “Rio Alegre”.
Em 1960, foi o Nacib da primeira adaptação de “Gabriela, Cravo e Canela” para a TV, realizada na TV Tupi. Atuou nas novelas “Prisioneiro de um Sonho” em 1964 e “Eu Compro Esta Mulher” em 1966. Fez parte do elenco do programa “Família Trapo” na TV Record, e em 1970, fez parte da primeira versão de “O Meu Pé de Laranja Lima” na TV Tupi. No ano seguinte esteve na TV Cultura, na novela educativa “Meu Pedacinho de Chão”, de Benedito Ruy Barbosa.
A partir de 1973, engatou nas novelas e fez “A Volta de Beto Rockfeller”; “O Conde Zebra”; “Papai Coração” e “Dinheiro Vivo”, todas na TV Tupi, e em 1985 foi para a TV Globo atuar nas minisséries “O Tempo e o Vento” e “O Primo Basílio” e na novela “Tieta“. Se tranferiu para a TV Manchete em 1990 para fazer a novela “A História de Ana Raio e Zé Trovão” e em 1998 assinou com o SBT, onde fez as novelas “Fascinação” e “Pérola Negra”, voltando para a TV Globo em 2004 para fazer o seriado “Sob Nova Direção“. Na TV Cultura, em 2005, apresentou o programa infantil “Qual é, Bicho?”, e seu último trabalho na Televisão foi o personagem Padre Jeremy na novela “Bang Bang” na TV Globo.
Renato Consorte faleceu em 26 de janeiro de 2009, aos 84 anos de idade, na cidade de São Paulo, devido a complicações de um câncer na próstata.
