Renata Mirra Ana Maria Fronzi Ladeira nasceu na cidade de Rosário, na Argentina, filha de artistas de teatro que estavam excursionando com um espetáculo, em 01 de agosto de 1925.
Começou sua vida artística estudando balé no Teatro Municipal de São Paulo. Estudou também no colégio Dante Alighieri, na capital paulista. Mas logo a família se mudou para Santos e para lá foi a menina que se encantou com a natação. Em teatro participava, às vezes, das montagens do pai em clubes da cidade.
Foi nessa época que ela conheceu Heitor de Andrade, que era da Rádio e depois da Televisão Tupi. Nessa época tinha 16 anos e fazia teatro na Companhia de Eva Todor, atuando na peça “Sol de Primavera”. De personalidade muito alegre e risonha, ainda que tremesse de medo de entrar em cena, Renata divertia a todos. Os pais se transferiram para o Rio de Janeiro no final dos anos 1940, a convite do famoso produtor teatral Walter Pinto. Renata veio junto e passou a ser uma estrela da Companhia de Revista.
No Rio de Janeiro, Renata Fronzi conheceu o grande amor de sua vida, Cesar Ladeira, grande nome do cenário artístico nacional. Ela então resolveu entrar definitivamente para a Televisão e largar o Teatro de Revista. Estreou em 1961 no “Teatrinho Trol”, de Fábio Sabag, na TV Tupi, emissora em que também participou de “Vesperal Infantil Kibon” e do “Teatro de Comédia”.
Em 1963 foi para a TV Excelsior e lá participou de vários programas como “A Cidade Se Diverte”; “Chico Anysio Show”; “Colé, o Show” e “Espetáculos Tonelux”, até 1966. Nesse mesmo ano voltou para a TV Tupi onde fez o programa “Deu a Louca no Mundo“. Mas o sucesso veio mesmo em 1967, na TV Record de São Paulo, quando ele viveu Helena no humorístico “Família Trapo”, um dos maiores sucessos da TV no final dos anos 1960. Trabalhou ao lado de Ronald Golias, Otelo Zeloni, Jô Soares, Cidinha Campos e Renato Corte Real e o programa era feito como se fosse um teatro, ao vivo e com público na platéia.
Depois, em 1971, já na TV Globo fez os programas humorísticos “Faça Humor, não Faça Guerra” e “Chico City”, e fez também novelas, como “Minha Doce Namorada”, “O Semideus”; “Corrida do Ouro”; “Pecado Rasgado”; “Chega Mais” e “Jogo da Vida“. Se transferiu para a TV Bandeirantes em 1981 e participou ao lado de Dercy Gonçalves da novela “Dulcinéa Vai à Guerra”.
Em 1983, Renata Fronzi retornou para a TV Globo para fazer a novela “Pão Pão, Beijo Beijo” e também atuou ainda em “Transas e Caretas”; “Corpo a Corpo” e “Mico Preto”. Voltou a TV Bandeirantes para fazer o humorístico “Bronco“, novamente ao lado de Ronald Golias e de Nair Bello, e em 1990, na TV Manchete, fez parte do grande elenco de “A História de Ana Raio e Zé Trovão“. Fez ainda na TV Globo o seriado “Delegacia de Mulheres”; a minissérie “Memorial de Maria Moura” e o seriado “Malhação”. Em 1995, na TV Bandeirantes, atuou na novela “A Idade da Loba”.
Ela também foi presença ativa no Cinema, onde fez 30 filmes, se destacando em “Guerra ao Samba”; “Carnaval em Lá Maior”; “De Pernas pro Ar”; “Treze Cadeiras”; “Hoje o Galo Sou Eu”; “É de Chuá”; “O Espírito de Corpo”; “Pistoleiro Bossa Nova”; “Vai que é Mole”; “Marido de Mulher Boa”; “Briga, Marido e Samba”; “As Aventuras de Chico Valente”; “Papai Trapalhão”; “Salário Mínimo”; “Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva”; “Um Soutien Para Papai” e “Coisa de Mulher”, este último em 2005.
Renata Fronzi faleceu em 15 de abril de 2008, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, em virtude de falência múltipla de órgãos em função de uma diabete.
