Pedro Jacintho Netto nasceu em Osasco, cidade pertencente à Grande São Paulo, em 19 de outubro de 1935.
Logo foi levado pelos pais para a cidade de Pederneiras e cresceu junto à natureza, de onde parece ter extraído a sensibilidade de perceber a hora certa para executar uma melodia ou o efeito para abrilhantar uma cena de novela. Pedro Jacintho veio a ser um dos maiores sonoplastas do rádio e da televisão do Brasil.
Aos 16 anos, Pedro foi para a capital paulista para estudar. Fez curso de Contabilidade e logo arranjou um emprego no Banco Bandeirantes. Em 1954, candidatou-se a uma vaga de datilógrafo para a Rádio Bandeirantes e conseguiu o lugar. Uma vez lá foi se infiltrando na área de som e apaixonou-se por aquilo que veria a ser sua verdadeira profissão: a sonoplastia.
Depois de uma rápida passagem pela extinta TV Excelsior, foi contratado pela TV Tupi, onde trabalhou por 17 anos. Ali fazia os programas “TV de Vanguarda”; “TV de Comédia” e fez as mais mportantes novelas, como “O Direito de Nascer”, que quem assistiu naquela época, 1964, nunca esqueceu. Personagens famosos como Albertinho Limonta, Mamãe Dolores e Maria Helena, vivem ainda no coração do público.
Pedro Jacintho era chamado de “Baixinho” e atuou na sonoplastia das principais novelas da época. Fez: “Super- Plá”, “Meu Rico Português”, “Um Dia o Amor”, “Um Sol Maior”, “As Bruxas”, “Toninho On The Rocks”, “Bel- Ami”, “Como Salvar Meu Casamento” e “Beto Rockefeller”, novela que se constituiu num divisor de águas entre as novelas antigas e as modernas.
Pedro Jacintho também inovou, colocando músicas cantadas em sonoplastia, que até então só usava músicas orquestradas. Com isso ele ganhou o Prêmio Roquette Pinto, como sonoplasta, em 1970.
Também atuou na TVS e no SBT e fez a sonoplastia de “Jerônimo”, em 1984, original de Moyses Weltman, com direção de Antonino Seabra e depois de “Acorrentada”, original de Marisa Garrido, com adaptação de Henrique Lobo e direção de Clayton Sarzy.
Depois Pedro Jacintho foi para a TV Cultura, e retornou ao SBT, onde ficou até 1996.
Casado com Adélia Pereira Jacintho, teve cinco filhos e faleceu em 8 de agosto de 2013, na cidade de São Paulo.
