Patrícia Mayo é seu nome artístico. E o nome verdadeiro é Rosa Maria Rego Monteiro Olegário da Costa. Nome grande, que com dificuldade é colocado em documentos. A moça prefere ser chamada de Patrícia em todos os momentos da vida. Sua mãe, Guiomar Santos, foi atriz , e seu pai, Gastão do Rego Monteiro foi um radialista famoso.
Patrícia nasceu em 6 de dezembro de 1944. E quando estava com 16 anos, apresentou-se sozinha na TV Tupi de São Paulo, a procura de um emprego. Queria ser atriz. Foi logo aceita por Geraldo Vietri, que estava a procura de “ingênuas”, nome dado aos personagens jovens dos seriados e novelas. Patrícia começou a aparecer nos “TVs de Comédia”, sob a direção de Vietri. Logo se deu bem e procurou aprender com os “cobras” da época: Lima Duarte, Luiz Gustavo, e tantos outros. Seu primeiro parceiro romântico foi Tracisio Meira, em quem teve que dar o primeiro beijo, ela que nunca havia beijado na vida real.
Wanda Kosmo, que dirigia peças pesadas e dramáticas, gostou da menina e a escalou muito. Aquilo parecia um sonho para Patrícia, que fez também 2 filmes com Mazaroppi, grande nome da televisão e do cinema. E Patricia se casou, ainda bastante jovem, com o diretor de TV Luiz Gallon, com quem teve sua primeira filha, Adriana. Mas o casamento durou pouco. Patricia, alguns anos após, casou-se com José Carlos, um jovem empresário, com quem teve mais três filhos. Ela estrelou, nessa época de ouro, grandes peças e até novelas, como: “O Segredo de Laura”, escrita e dirigida por Vida Alves.
Também participou de “A Estranha Clementina”, de Geraldo Vietri. Participou de teleteatros, ao lado de Lima Duarte, Claudio Marzo, e outros. Era uma verdadeira profissional e eles a admiravam muito. Mas a televisão teve uma fase triste. Diz Patrícia: “Éramos como um formigueiro, bem organizado. Quando, veio alguém, e pisou no formigueiro. E o que se viu foi formiga desorientada por todo lado”. É que a TV Tupi faliu, bem como a TV Excelsior, alguns anos antes. A TV Record sofreu vários incêndios, e a TV Bandeirantes investia pouco em teledramaturgia. Só restava a Globo.
Mas Patrícia tinha os filhos para criar, e não queria se afastar deles. Assim acabou por abandonar a carreira, só voltando muitos anos mais tarde, numa tentativa difícil de retorno, pois os tempos eram outros. Fez no SBT: “Razão de Viver” (1996), “A Pequena Travessa” (2002), “Canavial de Paixões” (2003), “Seus Olhos” (2004) e “Cristal” (2006).
Hoje, Patrícia que já é avó, diz: “Família é o mais importante para mim. Mas eu lamento muito que a memória de todos seja tão fraca. Fiz tanto sucesso naquela época. E hoje é tudo tão difícil”. Patrícia não aparenta suaidade…É uma jovem senhora de olhos grandes e bonitos e sua voz meiga e doce é eternamente a mesma.
Em 2011, de volta ao SBT, fez participação especial na novela “Amor e Revolução”.
Em 2013, foi uma das apresentadoras da festa de 63 anos da TV brasileira, no Memorial da América Latina.