MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


ODUVALDO VIANNA FILHO (VIANINHA)


Oduvaldo Vianna Filho nasceu em São Paulo, no dia 4 de julho de 1936.

Seus pais eram os escritores e teatrólogos Oduvaldo Vianna e Deuscélia Vianna. Como os pais escreviam e dirigiam radionovelas, Vianinnha, como era chamado o menino, desde pequeno vivia dentro das emissoras de rádio, de braço em braço.

Aos dois anos de idade participou do filme “Alegria“, escrito e dirigido por seu pai. E logo começou a escrever, mas seus textos infantis ficaram esquecidos. A família morou em Buenos Aires e foi lá que o pai se interessou pela radionovela, que em seguida trouxe para o Brasil, ou melhor, para São Paulo. E nessa cidade o menino cresceu e fez seus estudos. Em 1953, matriculou-se na Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie, curso que não chegou a terminar.

Antes de completar 20 anos, o rapaz já começou a definir sua profissão, que seria a mesma dos pais e principalmente do pai. Em 1955, participou como ator de “Rua da Igreja”, no Teatro Paulista do Estudante.

Fez depois parte do Teatro de Arena e logo mostrou seu espírito combativo e criativo, que o levou a escrever “Chapetuba Futebol Clube” em 1959. Dois anos antes ele se casou com a atriz e jornalista Vera Gertel. Eles tiveram o filho Vinicius Vianna, que se tornaria mais tarde escritor.

Vianninha escreveu em seguida as peças: “A Mais-Valia Vai Acabar, seu Edgar”; “Opinião”; “Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come”; “Moço em Estado de Sítio”; “A Mão na Luva”; “A Longa Noite de Cristal”; “Corpo a Corpo”; “Nossa Vida em Família”; “Allegro Desbum” e “Rasga Coração”. Escreveu ao todo 17 peças.

Escreveu muito também para a Televisão, mais precisamente para a Rede Globo, onde participou desde 1974. Foi o autor do teleteatro “A Dama das Camélias“; do seriado humorístico “A Grande Família”;  dos especiais “Noites Brancas”; “Medéia”; “Enquanto a Cegonha Não Vem”; “O Casal”; “O Matador” e “O Morto do Encantado”.

Para o Cinema escreveu o roteiro de “O Casal“, que foi filmado em 1975, por Daniel Filho, tendo à frente do elenco,  José Wilker e Sônia Braga. Como ator, Vianninha fez seis filmes,com destaque para “Amor Para Três” em 1960; “O Desafio” em 1965; “As Duas Faces da Moeda” em1969 e “Um Homem Sem Importância” em 1971.

Oduvaldo Vianna Filho foi considerado um escritor subversivo, tanto que, durante a ditadura militar do Brasil, várias vezes foi chamado à polícia para depor e, por ter o nome igual ao do pai, às vezes foi o pai chamado em seu lugar. O que parece um fato curioso, foi bastante preocupante para os pais.

Vianninha casou-se com a atriz Vera Gertel, depois com a atriz Odete Lara e por último com Maria Lúcia Marins e era pai do também dramaturgo Vinicius Vianna.

Em 1972, ao fazer uma biografia solicitada pela TV Globo, Vianninha descobriu que tinha um câncer de pulmão. Continuou trabalhando e estava escrevendo “Rasga Coração“, que terminou já no hospital, quando a morte o atingiu em 16 de julho de 1974.

O dramaturgo estava apenas com 38 anos de idade, quando faleceu em 15 de julho de 1974.

 
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