Nita de Araújo Santos nasceu em Ponte Nova, interior de Minas Gerais, em 26 de junho de 1928.
Seu pai era jornalista e editor de jornal na cidade em que moravam e sua mãe era pianista, cantora profissional e professora de música. Precoce e sensível, a menina começou a estudar música clássica. Nita acompanhava também a mãe, quando esta ia aos programas na Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, onde a família morou.
A família mudou-se para o Rio de Janeiro, e Nita participava de programas de calouros. Esteve no “Pescando Estrelas”, de Arnaldo Amaral, na Rádio Clube do Brasil e conquistou o 1º lugar no concurso. Ganhou, a partir disso, um salário de 1.500 réis.
Renato Murce a notou, e chamou ela para a Rádio Nacional. Lá conheceu o tenor Paulo Fortes, que a aconselhou a lapidar mais sua voz. Foi quando adotou o nome artístico de Norma Suely.
Norma ganhou o 1º lugar em canto lírico, num concurso que tinha o maestro Cláudio Santoro como presidente do júri. Ganhou então uma bolsa de estudo para o Conservatório Santa Cecília, na Itália. Em 1953, seguiu viagem sozinha e lá ficou um bom tempo.
De volta ao Brasil, foi contratada pela Rádio Nacional e depois pela Cia Polydor, para fazer gravações. Participou dos programas de César de Alencar, Paulo Gracindo e Manoel Barcelos.
Em 1965, a cantora foi substituir a protagonista do musical americano “Música, Divina Música” e agradou muito e em seguida fez o musical “Os Fantastikos”.
Tornou-se também atriz e participou dos filmes “Canjerê”, “Adorável Trapalhão”, ”O Vampiro de Copacabana”; “Os Noivos” e “O Sexo das Bonecas”.
Foi também para o palco e fez as peças “Onde canta o Sabiá”; ”Sabiá na Banda”; “Tem Banana na Banda”; “Missa Leiga”; “Inconfidência ou Morte”; ”Gota D’Água”; ”O Homem de la Mancha”; “Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá”; “O Telescópio” e “A Revolução dos Beatos”.
Atuou ainda na Televisão, onde fez parte do elenco da TV Excelsior em 1967/68; cantou a modinha “Quem Sabe”, de Carlos Gomes, na novela “Senhora”, da Rede Globo, e ainda atuou como atriz na novela “Nina“, em 1978, na TV Globo.
Norma Suely faleceu no Rio de Janeiro, aos 77 anos de idade, em 14 de junho de 2005, vitimada por um câncer
