Manoelito Soares Moraes nasceu em Fortaleza, capital do Ceará, em 4 de Setembro de 1930.
Desde garoto gostava muito de arte e, aproveitando um circo que passou pela cidade, lá foi ele junto, de carona, sem saber direito o que queria. A caravana parou na Bahia e o grupo se desfez. Decepcionado, o garoto pegou um ônibus e foi para o Rio de Janeiro, disposto a tentar a carreira de ator.
Procurou companhias de teatro e ingressou em uma, estreando nos palcos em 1948, em um espetáculo escrito por Amaral Gurgel. Com o nome artístico de Milton Moraes conseguiu trabalhar ao lado de grandes atores, como Fernanda Montenegro e Paulo Autran. Em Teatro participou de muitas peças, algumas com sucesso muito grande. Fez: “Uma Pulga Atrás da Orelha”; “Pedro Mico”; “Festival de Ladrões”; “O Canto da Cotovia”; “Gimba”; “Casa de Chá de Luar de Agosto”; “Boca de Ouro”; “Boeing Boeing”; “Venerável Madame Goneau” e “Um Edifício Chamado 200”, que foi onde o ator teve maior sucesso.
Em Cinema, Milton Moraes também trabalhou muito e fez sucesso. Seu tipo preferido era quase sempre o rapaz de classe média, charmoso e preguiçoso, meio malandro e boêmio. Ele atuou em mais de trinta filmes, entre os quais: “A Estrada”, de 1956; “Assassinato em Copacabana”, de 1962; “Gimba, Presidente dos Valentes”, em 1963; “A Montanha dos Sete Ecos”, também em 1963; “Nudista à Força”, em 1966; “Mineirinho Vivo ou Morto” e “Perpétuo Contra o Esquadrão da Morte”, em 1967; “Maria Bonita, Rainha do Cangaço”, em 1968; ” A Um Pulo da Morte” em 1969; “É Simonal” e “Os Senhores da Terra”, em 1970; “O Barão Otelo no Barato dos Bilhões” e “Os Devassos”, em 1971; “Sagarana, o Duelo” e “Os Homens Que Eu Tive”, em 1973 e “Um Edifício Chamado 200”, em 1975.
Na Televisão, Milton Moraes fez inúmeras novelas e minisséries, todas elas na TV Globo: “22-2000-Cidade Alerta”; “O Retrato de Laura”; “Enquanto Houver Estrelas”; “Bandeira 2”; “O Bofe”; “Cavalo de Aço”; “O Espigão”; “Escalada”; “Saramandaia”; “Duas Vidas”; “Espelho Mágico”; “Dancin’Days”; “Feijão Maravilha”; “Cabocla”; “Água Viva”; “Marina”; “Coração Alado”; ” Plumas e Paetês”; “O Amor é Nosso”; “O Homem Proibido”; “Final Feliz”; “Louco Amor”; “Amor Com Amor Se Paga”; “A Gata Comeu”; “De Quina Para a Lua”; “Anos Dourados”; “Abolição”; “Rainha da Sucata”; “Meu Bem, Meu Mal” e “O Dono do Mundo”, a última participação na TV, em 1991.
Foi casado com as atrizes Glauce Rocha e Norma Blum, e em seguida com Mara Regina e Carlota Pauline.
Milton Moraes faleceu em 15 de fevereiro de 1993, na cidade do Rio de Janeiro, de câncer no pulmão, aos 62 anos de idade.