MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


MARLENE FRANÇA


Marlene França nasceu numa pequena cidade, que hoje tem menos de 20 mil habitantes, chamada Uauá, no interior da Bahia, em 05 de agosto de 1943.

Sua família era bem pobre. Tinha dez irmãos, a mãe era doméstica e o pai lavrador. Marlene e os irmãos todos ajudavam na roça. Mudou de cidade várias vezes, por motivo de sobrevivência. Aos 13 anos de idade, estava em uma banca de frutas, como vendedora de laranjas, na cidade de Feira de Santana, quando o cineasta Alex Viany a viu e se impressionou com sua beleza. Convidou-a para fazer um teste para um filme que ia rodar. A família se espantou, mas a menina se entusiasmou e foi atráas de um sonho, estreando em “Rosa dos Ventos” em 1957.

Em 1959, o diretor Walter Hugo a levou para fazer “Fronteiras do Inferno”, e no ano seguinte se consagra ao lado de Mazzaropi em “Jeca Tatu”, filme dirigido por Milton Amaral, que foi o seu primeiro marido.

A partir daí, Marlene França se tornou um dos rostos femininos mais atuantes e expressivos do cinema nacional, participando de “A Morte Comanda o Cangaço”; “O Cabeleira”; “Lampião, o Rei do Cangaço”; “O Pequeno Mundo de Marcos”; “Panca de Valente”; “Uma Verdadeira História de Amor”; “Até o Último Mercenário”; “Janaina, a Virgem Proibida”; “A Herdeira Rebelde”; “Sinal Vermelho – As Fêmeas”; “A Infidelidade ao Alcance de Todos” eA Noite do Desejo”, em 1973, que lhe rendeu o prêmio Governador do Estado de melhor atriz.

Consagrada no Cinema, ela ainda atuou em “O Super Manso”; “Caçada Sangrenta”; “Bacalhau”; “Ensaio Geral – A Noite das Fêmeas”; “O Mulherengo”;Crueldade Mortal”; “O Bem Dotado – O Homem de Itu”; “Paula, a História de uma Subversiva”; “A Dama da Zona”; “O Último Vôo do Condor” e “Nasce Uma Mulher”. 

Ela também foi atuante na Televisão, onde estreou em 1962, em um episódio da icônica série “Vigilante Rodoviário”. A primeira novela foi “Conflito” (1963), e depois vieram “O Amor Tem Cara de Mulher” (1963); “Almas de Pedra (1966); “A Ré Misteriosa (1966), “Ciúmes” (1966); “Yoshico, um Poema de Amor” (1967) e  “Os Rebeldes” (1967).

Marlene também cantou na noite paulistana, e a partir dos anos 1980, começou a dirigir filmes-documentários, entre os quais “Frei Tito” e “Mulheres da Terra“. Foi casada com o cineasta Milton Amaral e com o empresário Ângelo Andréa Matarazzo, com quem teve três filhos.

Sua vida foi contada no livro “Do Sertão da Bahia, ao Clã Matarazzo”, escrito por Maria do Rosário Caetano, para a Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial de São Paulo.

Marlene França Ippolito morreu no dia 23 de setembro de 2011, de infarto fulminante, em sua casa, em Itatiba, no interior de São Paulo. Estava com 68 anos de idade.

 
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