Mário Rodrigues Filho, mais conhecido como Mário Filho, nasceu na cidade do Recife, capital de Pernambuco, em 3 de junho de 1908. E faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de setembro de 1966. Ele foi jornalista e escritor. Era irmão do bastante conhecido escritor Nelson Rodrigues.
Ainda menino, Mário Filho mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1916, com sua família. O pai Mário Rodrigues era jornalista e então proprietário do jornal: ” A Manhã”. O filho o acompanhou na carreira e com ele trabalhou. Em 1926, partiu para a crônica e o jornalismo esportivo, ainda inexplorado. Escrevia em “Crítica”, o segundo jornal de propriedade de seu pai. O estilo de Mario Filho era direto, sem rebuscamentos, o que lhe deu projeção. Foi ele que, na época, criou o termo “Fla- Flu”, quando se referia a oposição que existia entre os dois maiores clubes de futebol da época.
Aos 18 anos, Mário Filho casou-se com Célia, o grande e único amor de sua vida.
Em seguida, pois seu pai havia falecido, Mário Filho achou que devia ter um jornal. Fundou o primeiro jornal inteiramente esportivo: ” O Mundo Sportivo”, que teve pequena duração. Em 1931, ele começou a trabalhar ao lado de Roberto Marinho, no jornal “O Globo”. Em 1933, organizou o 1º Concurso de Escolas de Samba. Em seguida , ele comprou de Roberto Marinho o ” Jornal de Sports”. Em 1947, criou os ” Jogos da Primavera”. Em 1951, os “Jogos Infantis”. Depois: o Torneio de Pelada do Aterro do Flamengo e o Torneio Rio- São Paulo, que cresceu e se transformou no Campeonato Brasileiro. Mario também enfocava outros esportes, como regatas e turfe.
Foi Mario Filho que, numa luta acirrada com o então vereador Carlos Lacerda, que queria um estádio municipal em Jacarepaguá, conseguiu que o mesmo fosse construído onde é até hoje, no Maracanã.
Nelson Rodrigues, seu irmão e importante homem como teatrólogo e cronista, criou para o irmão um jargão: ” Mário, o Criador de Multidões”.
Mário Filho teve um ataque cardíaco fulminante, e veio a falecer, em 17 de setembro de 1966. Estava com 58 anos. Sua esposa Célia suicidou-se poucos meses depois.
Mário Filho deixou treze livros publicados, sendo alguns sobre futebol, mas outros, livros de crônicas e romances.