MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


MARÍLIA PÊRA


Marília Soares Pêra nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 22 de janeiro de 1943.

Filha do ator Manuel Pêra e da atriz Dinorah Marzullo, e sobrinha do ator Abel Pêra, ela desde menina gostava de representar, estreando nos palcos com seis anos de idade na peça “Frenesi” em 1949, fazendo depois o espetáculo infantil “O Casaco Encantado”.

Ainda nos palcos e adolescente, participou de “De Cabral a JK”; “Divorciados”; “Society em Baby Doll”; “Teu Cabelo Não Nega”; “Onde Canta o Sabiá”; “A Megera Domada”; “A Ópera dos Três Vinténs”; “O Barbeiro de Sevilha” e a polêmica “Roda Viva” de Chico Buarque de Holanda. Essa foi uma peça que causou grande celeuma política, no Brasil. Já nesse tempo, Márília despontava  como uma das mais completas atrizes brasileiras.

Na Televisão, Marília Pêra estreou em 1960, no “Teatro Câmera Um” na TV Tupi, atuando depois, em 1963, no “Teatrinho Trol” e em 1964, no “TV de Comédia”. Contratada pela TV Globo, atuou nas primeiras novelas da emissora e fez “A Moreninha” em 1965 e no mesmo ano, “Rosinha do Sobrado”. No ano seguinte estava nas novelas “Padre Tião” e  “Um Rosto de Mulher”.

Na TV Tupi, em 1967, fez parte do elenco do programa “Deu a Louca no Mundo” e apresentou “Grande Parada TV Tupi”. Também atuou em “Moacyr Franco Show” em 1967 e em “Os Comediantes“, ambos na Tupi. Em 1968, foi a Manuela de “Beto Rockfeller”, novela que foi um sucesso enorme.

Ela começou a mesclar aparições na TV, no Teatro e no Cinema. Na mesma TV Tupi, a seguir fez “Super Plá”, em 1969, construindo uma personagem que ela levou para os palcos, a Joana Martini. Voltou para a TV Globo em 1971 para viver a taxista Noeli na novela “Bandeira 2″ de Dias Gomes. E a partir dessa novela se tornou uma das princpais atrizes da emissora. Na Globo ela ainda estrelou “O Cafona” vivendo Shirley Sexy; “Uma Rosa Com Amor” como Serafina Rosa; “Supermanoela” em 1974; “Malu Mulher” em 1980; a minissérie “Quem Ama Não Mata” em 1982; “Brega e Chique” em 1987; “O Primo Basílio” em 1988; “Top Model” em 1989; “Lua Cheia de Amor” em 1990 e “Incidente em Antares” em 1994.

Em 1996, ela se transferiu para a TV Bandeirantes para atuar na novela “O Campeão“, e em 1997 atuou em “Mandacaru” na TV Manchete. Voltou em definitivo para a TV Globo, em 1998, para atuar na novela “Meu Bem Querer” e em seguida fez “Brava Gente” em 2001; a minissérie “Os Maias” em 2001; “Celebridade” em 2003; “Começar de Novo” em 2004; “Cobras e Lagartos” em 2006; a minissérie “JK” em 2006; o seriado “Toma Lá, Dá Cá” em 2007; a novela “Duas Caras” em 2008; “A Vida Alheia” em 2010; “TiTiTi” em 2011; “Insensato Coração” em 2011; “Aquele Beijo” em 2012; “Louco Por Elas” em 2012 e “Pé na Cova”, seriado de 2013 a 2015.

No Cinema, Marília Pêra teve grandes momentos e foi várias vezes premiada. O primeiro filme foi “O Homem Que Comprou o Mundo”, ao lado de Flávio Migliaccio em 1968. Atuou também em “O Donzelo” em 1970; “Ana, a Libertina” em 1975; “O Rei da Noite” em 1976; “O Grande Desbum” em 1978; “Pixote, a Lei do Mais Fraco” de Hector Babenco, o mais importante dos seus trabalhos no Cinema, vivendo a prostituta Sueli; “Bar Esperança, o Último Que Fecha” em 1983; “Anjos da Noite” em 1987; “Dias Melhores Virão” em 1991; “Jenipapo” em 1996; “Tieta do Agreste” em 1996; “Central do Brasil”, o filme que estourou no Brasil e foi candidato ao prêmio Oscar de melhor filme estrangeiro em 1997, onde Marília fazia uma amiga despachada da personagem de Fernanda Montenegro; “O Viajante” de 1998; “Amélia” em 2000; “Seja o que Deus Quiser” em 2002; “Garrincha, Estrela Solitária” em 2003; “Acredite, Um Espírito Baixou em Mim” em 2006; “Vestido de Noiva” em 2006; “Jogo de Cena” em 2007; “Nossa Vida Não Cabe em um Opala” em 2008; “Polaróides Urbanas” em 2008 e “Embarque Imediato” em 2009.

No Teatro foram mais de 50 peças entre dramas, comédias e musicais. Alguns destaques devem ser citados os espetáculos “Fala Baixo Senão eu Grito”; “A Vida Escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato”; “A Pequena Notável”; “Apareceu a Margarida”; “Pippin”; “O Exercício”; “Pato com Laranja”; “Doce Deleite”; “Adorável Júlia”; “A Estrela Dalva”; “Elas Por Ela”; “A Prima Dona”; “Master Class”; “Toda Nudez Será Castigada”; “Vitor ou Vitória”; “Marília Pêra Canta Ary Barroso”; “Mademoiselle Chanel”; “Marília Pêra Canta Carmen Miranda”; “Gloriosa”; “Herivelto Como Conheci” e “Alô, Dolly”.  Ela também dirigiu muitas peças com destaque para “O Mistério de Irma Vap”; “Doce Deleite” e “Um Lobo Nada Mau”.

Ela era uma artista completa. Interpretava, cantava, dirigia, dançava, produzia e coreografava e foi uma das maiores estrelas da sua geração. Foi casada com o ator Paulo Graça Mello com que teve o filho, o ator e músico Ricardo Graça Mello; com o jornalista Nelson Motta, com quem teve as filhas atrizes Esperança Motta e Nina Morena; com o produtor cultural Ricardo Przemyslaw e com o economista Bruno Faria. Era irmã da cantora e atriz Sandra Pêra.

Marília Pêra faleceu em 5 de dezembro de 2015, com 72 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro, vítima de um câncer no pulmão.

 
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