MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


MARIA ADELAIDE AMARAL


Maria Adelaide de Almeida Santos do Amaral é o nome todo de Maria Adelaide Amaral, grande autora da televisão brasileira. Ela nasceu na cidade de Alfena, em Portugal, no dia 1 de julho de 1942. Veio adolescente para o Brasil. Foi atriz na TV Tupi de São Paulo, na época.

Formou-se em jornalismo e logo se tornou editora. Lançou-se também como dramaturga e em 1975 escreveu “Resistência” . Ganhou prêmio no Serviço Nacional do Teatro , mas sua peça não foi montada por causa da censura. Seu texto curto “Cemitério sem Cruzes” também foi interditado. Em 1978 lançou “Bodas de Papel” e foi muito bem recebida, com a peça montada. Nascia para o Brasil uma dramaturga jovem e forte. Em 1980, Silney Siqueira montou seu texto “Ossos D’Oficio”. Nessa história curiosa, os personagens estavam confinados em um arquivo morto. Nesse princípio de carreira, Maria Adelaide trabalhava com personagens da classe média, assalariados e suas vidas de dificuldades.

Em seguida o Teatro Popular do Sesc solicitou da autora uma peça sobre Chiquinha Gonzaga, personagem feminina que causou escândalo com sua música. E Maria Adelaide escreveu “Chiquinha Gonzaga- Ó Abre Alas”. A montagem foi de Osmar Rodrigues Cruz, e a protagonista foi Regina Braga. Foi grande sucesso. A dramaturga gostou e passou a se interessar mais por estudar a alma feminina e sua peça “De Braços Abertos” ficou dois anos em cartaz. Fez então “Eletra” e “Uma Relação Tão Delicada”. Vieram depois “Solteira, Casada, Viúva, Desquitada”, no mesmo sentido, aprofundando-se no estudo da alma humana. Vieram ainda “Querida Mamãe”, “Para Tão Longo Amor”, “Intensa Magia”, “Para Sempre” e “Inseparáveis’.

As peças de Maria Adelaide começam a ser exportadas, Foram várias vezes montadas, principalmente em Portugal. Ela também escreveu romances de sucesso, como “Luísa”, “Aos Meus Amigos”, “Dercy de Cabo a Rabo” e “Coração Solitário”.

Na televisão, foi colaboradora de diversas novelas da Globo: “Os Gigantes” (1979), “Meu Bem, Meu Mal” (1990), “O Mapa da Mina” (1993) e “A Próxima Vítima” (1995). Ainda na Globo, foi a autora principal e cuidou da adaptação e pesquisa das minisséries “A Muralha” (2000), “Os Maias” (2001), “A Casa das Setes Mulheres” (2003), “Um Só Coração” (2004), “JK” (2006), “Queridos Amigos” (2008) e “Dalva e Herivelto – Uma Canção de Amor” (2010). Fez também os textos dos seriados “Retrato de Mulher” (1993) e “Mulher” (1998/1999). Foi supervisora de texto, em 2009, de “Tudo Novo de Novo”. Antes fez a série “Menina do Olho Fundo” em 1981 para a TV Cultura SP.

Como autora principal de novelas, tem em seu currículo: “Deus nos Acuda” (1992), “Anjo Mau” (1997), “Ti Ti Ti” (2010), “Sangue Bom” (2013) e “A Lei do Amor”(2016). E em 2012, foi responsável pelo texto da minissérie “Dercy de Verdade”, sobre a vida e obra da comediante Dercy Gonçalves. Em 2014 supervisionou o texto de “Amores Roubados”.

Maria Adelaide Amaral foi eleita em 2019 para a Academia Paulista de Letras, sucedendo ao poeta Paulo Bomfim e empossada em março de 2020 na cadeira nº 35.

 
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