MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


LUIZ GALLON


Luiz Gallon se chamava Luiz Gonzaga Nogueira Gallon. Foi um dos cinco filhos de Luiz e Minervina. Ela mineira, ele italiano, vindo de Veneza. Luiz Gallon nasceu em Ribeirão Preto, em 25 de novembro de 1928.

A família veio para a capital paulista em 1930. Segundo Gallon, moraram em várias casas e vários bairros. E Gallon, seguindo o irmão Renato, que estava trabalhando em uma emissora de rádio, gostava de ouvir rádio-teatro ao lado de sua mãe. Foi um dia visitar a Rádio Tupi e gostou. Começou a ir mais vezes. Estavam filmando “Quase no Céu”.

E ele fez de tudo, ajudou no que pôde. Foi até figurante no filme. Daí chegou 1950 e foi implantada a televisão. Gallon já estava contratado pelas Emissoras Associadas e foi em comitiva, ao Porto de Santos, buscar o material para a instalação da “novidade”. Ninguém sabia o que era, mas todos queriam participar. Gallon esteve em todos os grandes e pequenos episódios para a implantação da televisão. “Uma aventura, que era sempre um sobressalto”,  dizia. Foi contra-regra, decorador, programador de filmes e chegou a diretor adjunto, ligado a Cassiano Gabus Mendes, o diretor artístico. Foi diretor de TV de muitos teleteatros.

E assim o jovem Gallon foi se aprimorando. Fez amizade com Walter Forster, Walter George Durst, Geraldo Vietri e Jota Silvestre. Eles eram diretores de programas  e Gallon era o Diretor de TV, aquele que fazia a seleção das imagens, ficava na técnica e comandava os câmeras e todo o espetáculo. Ele recebeu inúmeros troféus, entre eles, sete prêmios Roquete Pinto. Este era um prêmio instituído pela TV Record aos melhores profissionais do ano.

Luiz Gallon ao receber o 7 prêmio Roquete Pinto, que foi o “Roquete Pinto de Ouro”, virou “hors concours”. Ganhou ainda o prêmio “Governador do Estado”, sempre na mesma categoria. Este prêmio vinha acompanhado de um cheque do Banco do Estado de São Paulo. Também ganhou o prêmio “Helena Silveira”, dado pelo Grupo Folhas. “Melhores da Semana”, Gallon ganhou por 17 vezes. E mais o “Trofeu Imprensa”, por várias vezes.

Ficava muito feliz com todos esses prêmios, mas o que mais gostava era das suas viagens pelo Brasil. Por várias vezes foi, ao lado de seu amigo Orlando Vilas Boas, até o Xingu, conhecer os índios e navegar em rios nunca antes navegados.

Luiz Gallon trabalhou também na TV Cultura, quando a TV Tupi de São Paulo teve seu transmissor lacrado, em junho de 1981. Trabalhou ainda em várias agências de propaganda, como redator, criador de comerciais e diretor. Fez trabalhos “free-lancer” e jamais se afastou inteiramente da televisão.

Foi um dos vice-presidentes da APPITE – Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da Televisão Brasileira, primeiro nome da Pró-TV. Luiz Gallon casou quatro vezes, a última delas com a advogada trabalhista Maria Claudia de Carvalho Gallon. Ele teve filhos e netos de seu casamento com atriz Patricia Mayo.

Luiz Gallon faleceu em 26 de setembro de 2002.

 
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