MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


LUIZ CARLOS MACIEL


Luiz Carlos Maciel nasceu em Porto Alegre/RS, no dia 15 de março de 1938. Formou-se em filosofia em 1958, na Universidade do Rio Grande do Sul. Enquanto estudava foi diretor e ator amador de teatro. Em 1959 recebeu uma bolsa de estudos para a Escola de Teatro da Universidade da Bahia. Foi quando conheceu Gláuber Rocha, João Ubaldo Ribeiro e Caetano Veloso, entre outros. Enturmado, Maciel foi o ator principal do curta-metragem de Glauber, “A Cruz na Praça”.

Em 1960 conseguiu outra bolsa de estudos, da Fundação Rockefeller, para o Carnegie Institute of Technology, em Pittsburgh, nos Estados Unidos. Lá estudou direção teatral e realização de roteiros, durante dezoito meses. Voltou a Salvador e foi professor da Escola de Teatro, dirigido diversas peças. Em 1964 mudou-se para o Rio de Janeiro e passou a dar aulas no Conservatório Dramático Nacional e a trabalhar na imprensa carioca: Jornal do Brasil, Última Hora e Fatos e Fotos.

Ficou famoso como o “guru da contracultura” quando nos anos 60 e 70 divulgava com entusiasmo suas ideias sobre o chamado underground. Foi um dos fundadores do icônico jornal O Pasquim, em 1969. Em 1970, junto com quase todos da equipe foi preso pelas autoridades militares da época, ficando dois meses na Vila Militar, no Rio. Também editou um semanário sobre a contracultura, Flor do Mal, e foi diretor de redação do semanário Rolling Stones.

Em 1979 colaborou no semanário Enfim e depois na revista Careta, ambos editados por Tarso de Castro. Em 1984 dirigiu o espetáculo musical “Baby Gal”, com a cantora Gal Costa, e a peça “Flávia, Cabeça, Tronco e Membros, de Millôr Fernandes.

Em 1987 voltou a ensinar em cursos de roteiro. Em 1991 dirigiu as peças “Boca Molhada de Paixão Calada”, de Leilah Assumpção, e “Brida”, de Paulo Coelho. Em 1998, seu roteiro para o filme de longa-metragem “Dolores“ foi premiado pelo Ministério da Cultura.

Como muitos da sua geração a atividade na chamada contracultura não impediu sua presença na televisão. Luiz Carlos Maciel trabalhou durante vinte anos na Rede Globo, como roteirista, redator, membro de grupos de criação de programas e de analista e orientador de roteiros. Assinou como escritor “Ciranda, Cirandinha”, em 78.

Anos mas tarde trabalhou como autor e supervisor de textos nas novelas da Record: “Prova de Amor” de 2005, “Vidas Opostas” em 2006, ”Amor e Intrigas” em 2007, “Bela, a Feia” em 2009 e “Balacobaco” em 2012.

O filósofo, escritor, jornalista e roteirista brasileiro morreu no dia 9 de dezembro de 2017, no Rio de Janeiro. Era casado desde 1976 com a atriz Maria Cláudia.

 

Em 11-12-2017 / M.A.Z.

 
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