Leon Hirszman nasceu no Rio de Janeiro, em 22 de novembro de 1937.
Estudante de Engenharia, começou suas atividades artísticas frequentando os cincelubes da época e ficou amigo de Augusto Boal e Oduvaldo Viana Filho.
Foi um dos fundadores do CPC – Centro Popular de Cultura, da União Nacional dos Estudantes (UNE), e lá realizou seu primeiro filme, um episódio, “Pedreira de São Diogo”, do longa metragem “Cinco Vezes Favela”, em 1962.
O seu primeiro longa de ficção impressionou a crítica especializada e foi um grande sucesso, a adaptação de “A Falecida” para o cinema com Fernanda Montenegro e Paulo Gracindo no elenco.
Em 1971, ele realiza o premiado longa “São Bernardo”, uma adaptação para o cinema da obra de Graciliano Ramos, com Othon Bastos e Isabel Ribeiro nos principais papéis. Em 1978, realizou o longa “ABC da Greve”, sobre o movimento operário da região do ABC paulista.
A consagração veio em 1981, com os vários prêmios conquistados pelo filme “Eles não usam Blac-Tie”, adaptação da peça teatral de Gianfrancesco Guarnieri, e estrelado pelo próprio ao lado de Fernanda Montenegro, Carlos Alberto Riccelli e Beth Mendes.
O filme conquistou o júri do Festival de Cinema de Veneza e foi premiado também no Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano; No Festival dos Três Continentes e no Festival Internacional de Vallodolid. No Brasil, ele deu o Prêmio Air France de Cinema a Leon como melhor diretor.
Foi casado com a jornalista Norma Pereira Rego e com Cláudia Fares Menhem. Um dos maiores cineastas brasileiros, Leon Hirszman faleceu prematuramente em seu Rio de Janeiro, aos 49 anos de idade, em 16 de setembro de 1987, tendo sido sepultado no Cemiterio Israelita do Bairro do Caju.
