MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


JOSÉ WILKER


José Wilker de Almeida nasceu em Juazeiro do Norte, no Ceará, em 20 de agosto de 1944.

Artista desde pequeno, começou a trabalhar em Recife, como locutor de rádio. Participou também em teatro do Movimento de Cultura Popular que pertencia ao Partido Comunista. O grupo era revolucionário. E assim, quando houve a Revolução de 1964, houve perigo e Wilker mudou-se para o Rio de Janeiro.

Procurou emprego, fez o curso de Sociologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e foi fazer seu primeiro filme “A Falecida”, ao lado de Fernanda Montenegro, e depois atuou ainda nos filmes “El Justicero” e “A Vida Provisória”.

No Rio, Wilker fez várias peças de teatro e ganhou premios de revelação e melhor ator, atuando nos palcos em “Morte e Vida Severina”; “A Ópera dos Três Vintens”; “A Pena e a Lei”; “Antígona”; “O Assalto”; “Hair”; “O Arquiteto e o Imperador da Assíria”; “A Mãe”; “As Hienas”; “O Rei da Vela” e “A China é Azul”.

A estréia na TV aconteceu em 1971, em um “Caso Especial” na TV Globo e logo depois recebeu o convite do autor Dias Gomes para ser o Zelito na novela “Bandeira 2″, recebendo elogios da crítica e se revelando para o grande público como um grande ator.  Na TV fez outros tres programas “Caso Especial” e participou das novelas “O Bofe”; “Cavalo de Aço”; “Os Ossos do Barão” e “Corrida do Ouro”.

Entre uma peça e outra e uma novela e outra, se dedicou também ao Cinema nos anos 1970, estrelando “Os Inconfidentes” de Joaquim Pedro de Andrade, onde viveu Tiradentes; “Amor e Medo”; “Ana, a Libertina”; “As Deliciosas Traições do Amor”; “O Casal” e “Confissões de uma Viúva Moça”, até estrelar como Vadinho em 1976, em “Dona Flor e Seus Maridos”, baseado em um romance de Jorge Amado, ao lado de Sônia Braga e Mauro Mendonça.

Na TV teve um grande momento como o dr. Mundinho na novela “Gabriela”, em 1975, e a partir daí se transformou em um dos principais atores da emissora, estrelando “Anjo Mau” em 1976; ‘Plumas e Paetês” em 1980; “Brilhante” em 1981; “Final Feliz” em 1982; “Bandidos da Falange” em 1983; “Transas e Caretas” em 1984 e “Roque Santeiro” em 1985, vivendo o personagem título. Nessa mesma época ele se tornou também diretor de novelas na TV Globo.

No Cinema ele voltou a brilhar em campeões de bilheteria do cinema brasileiro como “Bye Bye Brazil” em 1979; “Bonitinha, Mas Ordinária” em 1981; “O Bom Burguês” em 1983; “O Homem da Capa Preta” em 1985; “Baixo Gávea” em 1986; “Besame Mucho” em 1987; “Leila Diniz” em 1987; “Um Trem para as Estrelas” em 1987; “Dias Melhores Virão” em 1989 e “Doida Demais”, também em 1989.

Em 1987, ele se transferiu para a TV Manchete para dirigir e atuar na novela “Corpo Santo” e depois nas novelas “Helena” e “Carmem“, estrelada por Lucélia Santos.

Retornou para a TV Globo em 1989 para atuar na novela “O Salvador da Pátria”, e em seguida atuou em “Mico Preto”; “Anos Rebeldes”; “Agosto”; “Renascer”; “Fera Ferida”; “A Próxima Vítima”; “A Vida Como Ela É”; “O Fim do Mundo”; “Anjo de Mim”; “Salsa e Merengue”; “A Justiceira”; “Mulher”; “Suave Veneno”; “A Muralha”; “Um Anjo Caiu do Céu”; “Desejos de Mulher”; “O Quinto dos Infernos”; “Senhora do Destino”; “JK”; “Amazônia, de Galvez a Chico Mendes”; “Duas Caras”; “Três Irmãs”; “Cinquentinha”; “Insensato Coração”; “O Brado Retumbante” e “Amor à Vida”, seu último trabalho na Televisão.

Em 2003, José Wilker foi eleito presidente da Rio Filmes, e seus últimos trabalhos como ator na grande tela foram nos filmes “Villa-Lobos, Uma Vida de Paixão”; “Maria, Mãe do Filho de Deus”; “O Homem do Ano”; “Redentor”; “Canta Maria”; “O Maior Amor do Mundo”; “Casa da Mãe Joana”; “Romance”; “Sexo Com Amor?” e “O Bem Amado”.

Ele se casou cinco vezes, sendo tres ex-esposas atrizes com as quais trabalhou: Renée de Vielmond, com quem teve uma filha; com Mônica Torres, também uma filha, a atriz Isabel Wilkeer e com Guilhermina Guinle.

Muito culto, a ele também coube, muitas vezes, na Rede Globo de Televisão, a tradução e a apresentação em português da cerimônia de entrega do Oscar.

José Wilker foi um dos nomes mais importantes da teledramaturgia brasileira e faleceu, inesperadamente, em 5 de abril de 2014, no Rio de janeiro, aos 66 anos de idade, vítima de um infarto fulminante.

 
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