MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


JOSÉ ROBERTO BURNIER


José Roberto Burnier, cujo nome civil é José Roberto Sartori Burnier Pessoa de Mello nasceu em Campinas, interior do estado de São Paulo, em 3 de novembro de 1960. Ele é importante jornalista brasileiro.

José Roberto Burnier estudou Rádio e Televisão na Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo. Seu primeiro trabalho profissional foi na EPTV – Campinas, afiliada da Rede Globo, em 1983. Durante dois anos, produziu matériais que foram passadas na rede, em programas importantes, como o “Jornal Nacional” e o “Jornal Hoje.”

Burnier sempre foi “ pau pra toda obra”, como se diz. Nunca rejeitou serviço.. Cobriu greves de bóias –frias, no interior de São Paulo,um marco na luta dos movimentos sociais no país. Fez uma reportagem que foi marcante.A seguinte: durante 14 horas, numa sala de 3m x 4m, um boi e 27 morcegos soltos, um repórter e um cinegrafista. Eles tinham que gravar um ataque ao animal e a ação de uma pasta de matar morcegos, desenvolvida por um pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A matéria foi feita. Grande impacto. Missão cumprida. Esse é José Roberto Burnier.. E ele mesmo diz: “ O que me move é o instantâneo, o imprevisível, a verdade, o lidar com a vida”.

Ele cita como importante pra ele o “ Globo Rural”. “Fazê-lo é uma pós-graduação em televisão. Você está falando com o caipira brasileiro, o tipo mais numeroso, mais genuíno. Convivi com José Hamilton Ribeiro, com Humberto Pereira, que são patrimônio do jornalismo brasileiro. Com Ivaci Matias, grandes profissionais”. E continua: “ A dificuldade não é acordar de madrugada e trabalhar de sol a sol. É fazer uma boiada passar numa porteira “daquele jeito tal”, para a câmera pegar do “jeito tal”. Não tem como dizer pra vaca repetir a cena.Lidamos com bicho, com planta, que a gente não pode pedir: “ Repete, fala de novo”.

Em 1988, Burnier saiu do “ Globo Rural” e foi para a redação do telejornalismo de São Paulo, conviver com Caco Barcellos, Carlos Nascimento, Tonico Ferreira, Neide Duarte. Participou da cobertura da Assembléia Legislativa, cobriu depois a eleição presidencial de 1989, tendo sido escalado para acompanhar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Desde então, trabalhou em todas as eleições presidenciais. Entre 94 e 98, foi editor-chefe e âncora do “ Bom Dia São Paulo”. Acompanhou o enterro de Ayrton Senna, morto em maio de 94. Burnier conta a emoção do povo. E diz: “ Vi um casal de cegos ficar duas horas na fila, para passar em frente ao corpo de Senna. Eles não viam, mas sentiam a presença do ídolo. E ficaram. Não aguentei de emoção. Chorei.”De volta à reportagem, cobriu o desabamento do Shopping Osasco Plaza Center, em 1996. Fez a reportagem da queda do avião Fokker-100, em 1997, na capital paulista, quando um telhado caiu na perna do repórter e o marcou. Fez reportagem sobre e “ máfia da propina”. Foi o 1º repórter fixo em Buenos Aires, o que significava, às vezes, trabalhar 20 horas no dia. Cobriu várias viagens de Lula ao exterior. Conseguiu entrevista exclusiva com Hugo Chavez, na Venezuela. Fez reportagem sobre os mineiros chilenos, soterrados em 2010, e se salvaram 17 dias depois. Reportagem que mobilizou o mundo inteiro. Em 2011, acompanhou de perto o combate ao tráfico de crack, no centro de São Paulo.

Diz José Roberto Burnier: “ Ser jornalista é absoluta vocação, como a do médico. É preciso disposição no sangue para dar certo”.

 
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