MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


JOSÉ LEWGOY


José Lewgoy nasceu em Veranópolis, no interior do Rio Grande do Sul, em 16 de novembro de 1920.

Filho de pai russo e mãe nascida em Nova York, José Lewgoy nasceu no Brasil, embora seus irmãos tenham nascido no exterior. Estudou no Porto Alegre College, e sempre teve facilidade no aprendizado de línguas. Diplomou-se pela Faculdade de Ciências Político-Econômicas do Rio Grande do Sul, mas não se interessou pela profissão. Como conhecia muitos idiomas, foi à Editora Globo e ali conheceu o Dr. Roberto Marinho e conseguiu emprego como tradutor.

Ao mesmo tempo ele e outros amigos fundaram o Teatro do Estudante do Rio Grande do Sul. Participou de “A Mulher Sem Pecado”; “Os Tres Loucos do Mundo” e quando fez “O Viajante Sem Bagagem”, em 1946, e o adido cultural americano assistiu a peça, o convidou para uma bolsa de estudos nos Estados Unidos. Quem intermediou a negociação foi o escritor Érico Veríssimo. E assim o rapaz foi estudar na Universidade de Yale. Lá permaneceu três anos. Quando voltou decepcionou-se com o teatro que se fazia aqui e passou a lecionar no Serviço Nacional de Teatro.

Em seguida teve sua primeira chance no Cinema em “Carnaval de Fogo”, em 1949. Foi esse filme que iniciou a famosa fase das chanchadas da Atlantida, em que brilhavam Oscarito, Grande Otelo e Anselmo Duarte. Ali ele fez uma carreira de muito sucesso no cinema, participando de mais de 100 filmes no Brasil e no Exterior. Chegou a morar na França, onde trabalhou com o documentarista George Rougier. Morou ainda em Genebra, na Suíça; em Amsterdã, na Holanda; em Roma, na Itália; em Londres na Inglaterra, mas sua sede mesmo foi Paris, onde ficou por dez anos. Quando voltou ao Brasil, trabalhou no jornal Pasquim, ao lado de Jaguar, Ziraldo, Millôr Fernandes.

Foi várias vezes premiado por suas participações no Cinema e entre outras produções esteve em “Aviso aos Navegantes”; “Amei Um Bicheiro”; “Carnaval Atlântida”; “Matar ou Correr”; “As Cariocas”; “Uma Rosa Para Todos”; “Terra em Transe”; “Os Paqueras”; “Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa”; “Pecado Mortal”; “Como é Boa a Nossa Empregada”; “O Ibrahim do Subúrbio”; “Os Mucker”; “Engraçadinha”; “Fitzcarraldo”; “O Beijo da Mulher Aranha”; “A Dama do Cine Shangai”; “Faca de Dois Gumes”; “Perfume de Gardênia”; “O Quatrilho”; “O Judeu”; “A Hora Mágica” e “Policarpo Quaresma, o Herói do Brasil”.

Começou na Televisão como apresentador do “Jornal de Vanguarda”, que era feito por Fernando Barbosa Lima, na TV Excelsior. Deixou por um tempo o teatro, e se dedicou mais à televisão. Fez a novela “O Bofe” e depois “Cavalo de Aço” na TV Globo. A seguir foi para a TV Tupi, onde fez “Divinas e Maravilhosas”, mas acabou voltando para a Globo, onde participou de mais de vinte trabalhos como “O Rebu”; “O Grito”; “Anjo Mau”; “Nina”; “Dancin’ Days”; “Feijão Maravilha”; “Água Viva”; “Plumas e Paetês”; “Terras do Sem Fim” e “Louco Amor“. Em 1983, ele foi para o elenco da TV Bandeirantes fazer parte da novela “Campeão“. Mas voltou para a Globo para fazer “Anarquistas, Graças a Deus”; “O Tempo e o Vento”; “Anos Dourados”; “O Outro”; “Vida Nova”; “Tieta”; “O Sorriso do Lagarto”; “Perigosas Peruas”; “Pátria Minha” e “Força de um Desejo”.

Embora não tenha se casado, José Lewgoy sempre foi apegado à família, que era numerosa. Sempre se definiu como “um bom sujeito, mas que às vezes era irascível e rabugento”. Deixou um currículo invejável de mais de cem filmes, várias peças de teatro e mais de 30 atuações na TV.

Seu último trabalho na Televisão foi em 2002, na novela “Esperança”, vivendo o personagem Padre Romão.

José Lewgoy faleceu no dia 10 de fevereiro de 2003, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, de uma infecção pulmonar.

 
Apoio
ABCD Nossa Casa
ABCcom
ABERT
ABTU
ACESP
Apodec
Centro Universitário Belas Artes
BRAVI
Coleção Marcelo Del Cima
Comunique-se
Fórum SBTVD
Grupo Observatório
Gugu Vive
IBEPEC
Kantar Ibope Media
O Fuxico
Radioficina
RITU
SET
Sindicato dos Radialistas de São Paulo
TUB
TudoRádio
Universidade Anhembi Morumbi
APJ
UBI
Vela – Escola de Comunicação