Jose Carlos Queiróz Burle nasceu no Recife, capital de Pernambuco, em 19 de julho de 1910.
Com o irmão Paulo, o cineasta Moacyr Fenelon e o Conde Pereira Carneiro, proprietário do Jornal do Brasil, criou a Atlântida Companhia Cinematográfica do Brasil S/A, em 1941.
Como compositor e produtor musical, é autor de sucessos como “Cabocla” gravado por Ary Barroso; “Quase Nada“, gravado por Francisco Carlos e “Meu Limão, Meu Limoeiro” que foi gravada por Inezita Barroso e depois Wilson Simonal.
Burle também foi diretor, montador, diretor de arte e produtor. O seu primeiro longa metragem foi “Moleque Tião“, realizado em 1943 e estrelado por Grande Otelo. Também dirigiu “Luz dos Meus Olhos”; “Também Somos Irmãos”; “Maior que o Òdio”; “Três Vagabundos”; “Carnaval Atlântida”; “Barnabé, Tu és Meu”; “O Craque”; “Chamas no Cafezal”; “Depois Eu Conto”; “O Cantor e o Milionário” e “Quem Roubou Meu Samba”.
José Carlos Burle foi o primeiro diretor brasileiro a abordar conflitos raciais, no filme “Também Somos Irmãos”, de 1949. Seu último filme foi “Terra Sem Deus” em 1963.
Em 1950, foi um dos jurados do Premio da Revista do Radio, que juntamente com a Associação Brasileira de Radio (ABR) elegeu os melhores nomes do Radio do Brasil daquele ano.
Faleceu em Atibaia, no interior de São Paulo, em 26 de outubro de 1983, aos 73 anos de idade.
