Jorge Rodrigues Loredo nasceu no Rio de Janeiro, em 7 de Maio de 1925.
Foi criado no subúrbio de Campo Grande, e aos 12 anos teve diagnosticada uma osteomielite na perna esquerda, só curada nos anos 1970. Aos 20 anos, foi internado num sanatório, devido a uma tuberculose. E lá, incentivado pelos médicos, participou de um grupo teatral no hospital, e desde então nunca mais largou a profissão de ator.
Foi ator, comediante, trabalhou em circo, e temendo o desemprego na vida artística, também se fornou em Direito no final dos anos 1950, e atuou como advogado especialista em Direito Previdenciário e do Trabalho.
Estreou na Televisão em 1957, na TV Rio, no programa de humor “Aí Vem a Dona Isaura“, e também atuou em “Escolinha da Juju“, e criou o personagem mendigo filósofo que virou um quadro fixo na TV Rio, durante o programa “Rio Cinco para as Cinco” e que depois também fez sucesso na “Praça da Alegria”, de Manoel de Nóbrega.
Foi em 1961, na TV Rio, no programa “Noites Cariocas”, comandado por Chico Anysio, que ele lançou seu personagem de maior sucesso e que marcou o restante da carreira dele, o Zé Bonitinho. Inspirou-se em um amigo, que frequentava bares e cinemas da Praça Sans Peña, principal lugar da Tijuca, na cidade do Rio de janeiro.
Jorge Loredo nunca imaginou que Zé Bonitinho seria seu companheiro pelo resto da vida. Foram mais de 50 anos, em que gerações e mais gerações o admiraram. Na década de 1960, por exemplo, fez parte do cast do “My Fair Show” e do “Times Square”, da TV Excelsior. Se mudou para a TV Tupi em 1967 para participar do “Deu a Louca no Mundo” e depois de “O Riso Mora ao Lado” e de “Os Comediantes“.
A partir de 1967, na TV Record, era presença constante na “Praça da Alegria” e no “Show do Dia Sete“, e em 1970 se transferiu para a TV Globo para participar do programa “Balança Mas Não Cai” e depois do “Alô Brasil, Aquele Abraço”; do “Chico Anysio Show”. do “Faça Humor, Não Faça a Guerra” e do “Chico City”. Em 1980, esteve no elenco de “Sítio do Picapau Amarelo” na TV Globo ainda.
Em 1981, Jorge Loredo foi para a TVS que se transformou em SBT se apresentando em praticamente todos os programas humorísticos da emissora como “Alegria 81″; “Reapertura”; “Feira do Riso” e “Show Riso”. Em 1986 ele se transferiu para a TV Manchete e atuou em “Aperte o Cinto” e “Domingo de Graça”, passando em seguida pela TV Bandeirantes, participando do programa “Praça Brasil” comandado por Carlos Alberto de Nóbrega.
Atuou ainda na “Escolinha do Professor Raimundo” na TV Globo de 1990 a 1995 e na “Escolinha do Barulho” na TV Record, de 1999 a 2001, e nesse mesmo ano veio novamente para o SBT para fazer “A Praça é Nossa” até 2012.
Ele também fez Cinema. O primeiro filme foi “Um Caso de Polícia“, de 1959. Depois, fez “Sai Dessa, Recruta” (1960); “As Testemunhas Não Condenam” (1962); “A Espiã Que Entrou Em Fria” (1967); “Sem Essa, Aranha” (1970); “O Abismo” (1977) e “Tudo Bem” (1978). Depois de muitos anos afastado das telonas, esteve no premiado curta-metragem “Quando o Tempo Cair” (2006); e nos longas “Chega de Saudade“, no ano de 2008; “A Suprema Felicidade” (2010) e “O Palhaço” (2011).
No Teatro, teve destaque em “Katuca, Katuca, Mas Não Machuca”, em 1976 e em 2003, na peça infantil “Eu e Meu Guarda-Chuva“.
Em 2009, o jornalista Cláudio Fragata escreveu o livro “Perigote do Brasil”, uma biografia de Jorge Loredo, lançada pela Imprensa Oficial.
Jorge Loredo faleceu em 26 de março de 2015, aos 89 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro, de falência múltipla de órgãos.
